Chinesa assume controle de exportadora de soja do Brasil
A Hunan Dakang Pasture Farming, unidade do grupo Shanghai Pengxin Group, adquiriu o controle da trading brasileira Fiagril por cerca de US$ 286 milhões
Da Redação
Publicado em 3 de maio de 2016 às 13h17.
Os chineses deram mais um passo para garantir seu abastecimento de soja a partir do Brasil, o maior exportador do mundo.
A Hunan Dakang Pasture Farming, unidade do grupo Shanghai Pengxin Group, acaba de adquirir o controle da trading brasileira Fiagril por cerca de US$ 286 milhões, segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto.
Trata-se da primeira grande aquisição de uma empresa de capital brasileiro por uma firma chinesa no setor de grãos.
O crescente consumo chinês de carne levou a uma escalada nas importações de soja, cujo farelo é usado como ração para alimentar o gigantesco plantel de suínos e aves do país asiático.
Desde 2005, a China triplicou suas importações de soja, tornando-se o maior comprador mundial da commodity.
A Hunan Dakang comprou uma participação de 57 por cento na Fiagril por cerca de R$ 1 bilhão (US$ 286 milhões), afirma a fonte.
Em comunicado, a holding Fiagril Participações confirmou que os chineses adquiriram uma fatia em sua subsidiária Fiagril Ltda, mas não revelou os detalhes da operação.
A assessoria de imprensa da companhia preferiu não comentar sobre o valor do negócio ou sobre o tamanho da fatia negociada.
Maior aquisição
De acordo com dados compilados pela Bloomberg, esta é a maior aquisição de uma empresa agrícola brasileira por uma firma chinesa. Contudo, os chineses vêm expandindo seu controle sobre as exportações de soja há mais tempo.
Em 2014, a Cofco, maior empresa de alimentos da China, conseguiu acesso a ativos de soja no Brasil ao adquirir o controle da trading holandesa de grãos Nidera e da divisão agrícola da Noble Group, com sede em Cingapura.
Em dezembro, a Cofco comprou a participação restante da unidade agrícola da Noble.
O Brasil responde por cerca de 45% do comércio global de soja. A produção do país quase duplicou na década passada, com os produtores expandindo suas colheitas para atender à demanda crescente da China. Quase 78% dos embarques de soja do Brasil em 2015 foram para o país asiático.
A Fiagril, que foi fundada em 1989, movimenta cerca de 2,5 milhões de toneladas de soja e milho por ano e tem uma capacidade de armazenamento de 700 mil toneladas, segundo o site da empresa com sede em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso.
A empresa também possui uma planta de biodiesel com capacidade para produzir 200 milhões de litros.
A Fiagril Participações e a firma de investimentos Amerra Capital Management continuarão sendo acionistas da trading de soja. O acordo com a Hunan Dakang não envolve a fatia da Fiagril Participações em seus negócios de navegação, etanol e produção de sementes.
Os chineses deram mais um passo para garantir seu abastecimento de soja a partir do Brasil, o maior exportador do mundo.
A Hunan Dakang Pasture Farming, unidade do grupo Shanghai Pengxin Group, acaba de adquirir o controle da trading brasileira Fiagril por cerca de US$ 286 milhões, segundo uma fonte com conhecimento direto do assunto.
Trata-se da primeira grande aquisição de uma empresa de capital brasileiro por uma firma chinesa no setor de grãos.
O crescente consumo chinês de carne levou a uma escalada nas importações de soja, cujo farelo é usado como ração para alimentar o gigantesco plantel de suínos e aves do país asiático.
Desde 2005, a China triplicou suas importações de soja, tornando-se o maior comprador mundial da commodity.
A Hunan Dakang comprou uma participação de 57 por cento na Fiagril por cerca de R$ 1 bilhão (US$ 286 milhões), afirma a fonte.
Em comunicado, a holding Fiagril Participações confirmou que os chineses adquiriram uma fatia em sua subsidiária Fiagril Ltda, mas não revelou os detalhes da operação.
A assessoria de imprensa da companhia preferiu não comentar sobre o valor do negócio ou sobre o tamanho da fatia negociada.
Maior aquisição
De acordo com dados compilados pela Bloomberg, esta é a maior aquisição de uma empresa agrícola brasileira por uma firma chinesa. Contudo, os chineses vêm expandindo seu controle sobre as exportações de soja há mais tempo.
Em 2014, a Cofco, maior empresa de alimentos da China, conseguiu acesso a ativos de soja no Brasil ao adquirir o controle da trading holandesa de grãos Nidera e da divisão agrícola da Noble Group, com sede em Cingapura.
Em dezembro, a Cofco comprou a participação restante da unidade agrícola da Noble.
O Brasil responde por cerca de 45% do comércio global de soja. A produção do país quase duplicou na década passada, com os produtores expandindo suas colheitas para atender à demanda crescente da China. Quase 78% dos embarques de soja do Brasil em 2015 foram para o país asiático.
A Fiagril, que foi fundada em 1989, movimenta cerca de 2,5 milhões de toneladas de soja e milho por ano e tem uma capacidade de armazenamento de 700 mil toneladas, segundo o site da empresa com sede em Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso.
A empresa também possui uma planta de biodiesel com capacidade para produzir 200 milhões de litros.
A Fiagril Participações e a firma de investimentos Amerra Capital Management continuarão sendo acionistas da trading de soja. O acordo com a Hunan Dakang não envolve a fatia da Fiagril Participações em seus negócios de navegação, etanol e produção de sementes.