CGU declara Jaraguá Equipamentos como empresa inidônea
O processo que deu origem à declaração obteve informações dos acordos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e de ex-executivos da Petrobras
Reuters
Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 21h26.
São Paulo - O Ministério da Transparência, Fiscalização e Controladoria-Geral da União ( CGU ) informou nesta quinta-feira ter declarado a Jaraguá Equipamentos Industriais como empresa inidônea, por envolvimento nas investigações da operação Lava Jato .
Quando é declarada inidônea, a empresa fica proibida de participar de novas licitações e contratos com o poder público.
Outras companhias que receberam essa classificação incluem a Iesa Óleo e Gás, a Mendes Júnior e a Skanska Brasil.
Segundo a CGU, o processo que deu origem à declaração de inidoneidade da Jaraguá obteve informações dos acordos de delação premiada do doleiro Alberto Youssef e dos ex-executivos da Petrobras Pedro Barusco e Paulo Roberto Costa.
A empresa é acusada de prática de atos lesivos visando a frustrar os objetivos de licitação, por conluio entre empresas que prestavam serviços à Petrobras.
A empresa também é acusada de pagar propinas a agentes públicos com objetivo de garantir a continuidade de ajustes anticompetitivos, afirmou a CGU, e as propinas permitiam influência indevida da empresa para receber tratamento diferenciado.
Em sua defesa, a Jaraguá alegou que as provas obtidas no processo eram insuficientes, pois tinham suporte unicamente em colaborações premiadas.
Mas a CGU afirmou que as investigações confirmaram a participação da empresa no conluio, com pagamento de propina por meio contrato fictício de consultoria.