Negócios

Cervejarias reforçam regionalização no Brasil

A distribuição de bebidas de diferentes marcas é própria nos diferentes estados brasileiros, segundo dados da Nielsen

Brahma é preferida no interior de São Paulo, enquanto a marca Skol domina a capital paulista (Fabio Nutti/Exame)

Brahma é preferida no interior de São Paulo, enquanto a marca Skol domina a capital paulista (Fabio Nutti/Exame)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 16h31.

São Paulo - Vender cerveja está cada vez mais "científico". A ciência cervejeira leva em consideração o poder aquisitivo e as variações de temperatura. Mas também, cada vez mais, as grandes fábricas traçam planos estratégicos para não desperdiçar nenhum centavo em vendas e distribuição mal dirigida. Com isso, o processo de comercialização regional por marcas ganha força.

Os fabricantes se apoiam no "espírito de torcida" que o consumo da bebida desenvolveu nos últimos anos. Algo cultivado pelas mensagens publicitárias, que construíram um fervor na linha do devotado ao time de futebol. Diante disso, em vez de gastar rios de dinheiro em propaganda para tentar promover adesão às suas marcas, as empresas estão reforçando as preferências regionais.

No Sul do País, por exemplo, a marca do coração é a Polar, do portfólio da Ambev, a cervejaria líder no Brasil com 68% de participação de mercado. Aproveitando que a Polar é a queridinha dos gaúchos, a empresa puxa o preço em comparação com as outras marcas. Com isso, garante boa rentabilidade e mantém o clima de exclusividade em torno no rótulo.

A se considerar os três maiores mercados no Brasil por valor - Grande São Paulo, interior do Estado de São Paulo e Rio de Janeiro - as preferências são distintas. Na embalagem clássica, que é a garrafa de 600 ml, pelos dados Nielsen referentes à janeiro deste ano, os paulistanos dão liderança à Skol, uma marca que já foi a preferida dos cariocas. Já a turma do interior do Estado escolhe a Brahma. No Rio, a líder com mais de 10 pontos porcentuais à frente da segunda colocada é a Antarctica. As três marcas são do portfólio da Ambev.

O que surpreende é o avanço contínuo da Cervejaria Petrópolis, dona da marca Itaipava. No interior de São Paulo, a empresa aparece em terceiro lugar com a popular marca Crystal, que detém quase 15% das vendas totais. No Rio, aparece também em terceiro, mas com mais de 18% de participação, encostando na Skol, que hoje detém 20% das vendas na região. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaBrahmaCerveja Antarcticacidades-brasileirasDados de BrasilMetrópoles globaisNielsensao-pauloSkol

Mais de Negócios

Jurada do Shark Tank, ela transformou US$ 60 mil em dívidas em um negócio que fatura US$ 100 milhões

Startup quer facilitar a compra da casa própria e mira faturar R$ 17 milhões

Startup do Recife cria “leilão reverso” para vender seguro de vida mais barato e personalizado

JD.com e Tmall superam expectativas no Double 11 com alta de vendas e recordes