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Cervejaria Brooklyn mira Estocolmo em meio a romance hipster

Suécia já é o maior mercado de cerveja artesanal fora da Big Apple graças a uma afinidade nórdica com todas as coisas do condado de Kings

Gerente de Produção Jimmy Valm durante fabricação na cervejaria Brooklyn Brewery, em Brooklyn, New York (Mario Tama/Getty Images)

Gerente de Produção Jimmy Valm durante fabricação na cervejaria Brooklyn Brewery, em Brooklyn, New York (Mario Tama/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 22h55.

Estocolmo - Quando os visitantes se identificam durante passeios de fim de semana na Brooklyn Brewery, em Nova York, o documento mais comum, diz a empresa, não é a carteira local de motorista. É o passaporte sueco.

Em breve os suecos não terão que viajar para tão longe. A Suécia, que já é o maior mercado de cerveja artesanal fora da Big Apple graças a uma afinidade nórdica com todas as coisas do condado de Kings, será lar da primeira fábrica da Brooklyn Brewery no exterior. Em janeiro, a empresa começará a produzir cerveja e abrirá um restaurante em uma antiga fábrica de lâmpadas em Estocolmo.

A cervejaria, fundada por um ex-jornalista e um banqueiro que queriam trazer as boas cervejas de volta a Nova York nos anos 1980, afirma que exporta mais cerveja do que qualquer outra fabricante americana de cerveja artesanal. Embora pudesse continuar fazendo só isso, a nova fábrica dá à empresa um ativo de valor inestimável: credibilidade nas ruas.

Em uma época em que o local é melhor e tudo desde a carne da Chipotle até o trigo na vodka russa padrão tem uma história, a cerveja artesanal cresceu e se transformou em uma indústria de US$ 12 bilhões nos EUA, com vendas que dobraram nos últimos seis anos, de acordo com a empresa de pesquisas Mintel. Esse é "o grande paradoxo da proposta do artesanato", disse Spiros Malandrakis, analista da Euromonitor International.

Muito do apelo das cervejas artesanais deve-se a “localização e pequena escala”, disse ele. Quanto mais global a Brooklyn se tornar -- ela agora é vendida em 20 países --, mais risco corre de ser vista como a próxima Bud Light. “Quanto mais bem sucedido você se torna”, disse Malandrakis, “menos você pode achar que é o azarão”.

Mais antiga

Nas costas do Mar Báltico, a Brooklyn está buscando evitar esse destino. A Brooklyn uniu-se à Carlsberg A/S, à D. Carnegie Co. e a alguns investidores privados para criar a “The New Carnegie Brewery”, com uma capacidade anual de 1 milhão de litros. A Carnegie Porter, disponível desde 1836 e agora produzida pela Carlsberg, foi originalmente fabricada pela Carnegie e é a marca mais antiga da Suécia ainda em uso.


Embora as cervejas artesanais representem pouco mais de 1 por cento do mercado global, elas são responsáveis por cerca de 4 por cento da cerveja consumida na Suécia, de acordo com a Nomura Holdings Inc. O país é terreno fértil para cervejas artesanais. A rede estatal de lojas de bebidas Systembolaget, que controla todas as vendas de cerveja por meio de seu monopólio, no ano passado tinha 3.290 tipos de cerveja à venda em suas 422 lojas.

A Suécia é o segundo maior destino de exportação de cervejas artesanais americanas, depois do Canadá, de acordo com a Brewer’s Association, um grupo do setor nos EUA. A Brooklyn Lager, a cerveja mais vendida da Brooklyn, tem 39 por cento do mercado da Suécia entre as cervejas mais caras.

Quem está ansioso para impulsionar a originalidade da New Carnegie é seu mestre cervejeiro, Anders Wendler, um fã da cerveja não filtrada Radius, da Brooklyn, e campeão de cervejas artesanais na Suécia.

A empresa ainda não decidiu quão evidente será a filiação da Brooklyn, mas “nós somos nossa própria marca, nossa própria fábrica de cerveja”, disse Wendler.

Ele trabalhará com Garrett Oliver, mestre cervejeiro da Brooklyn desde 1994, para criar até quatro novas cervejas. “Nós certamente não iremos simplesmente copiar receitas”, disse Wendler. “Vamos trabalhar juntos e chegar às nossas próprias ideias”.

A Brooklyn Brewery começou a vender cerveja na Suécia em 2006, quando a Carlsberg importou a marca. Então, como a Suécia, um país do tamanho da Califórnia, com uma população de 9 milhões de habitantes, tornou-se o maior mercado de exportação da Brooklyn?

Parte da razão de seu sucesso, de acordo com a Brooklyn, é sua parceria com a Carlsberg, a líder de mercado na Suécia.

As cervejas do Brooklyn são uma “alternativa saborosa para cervejas chatas e comuns”, disse o executivo de anúncios Oscar Trollheden, de 31 anos de idade, enquanto provava uma caneca em Estocolmo. “Os suecos amam Nova York e acham que o Brooklyn é um lugar legal”.

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