Negócios

CEO diz que Disney em Xangai se sairá melhor que a de Paris

Segundo Robert Iger, parque que abrirá em Xangai em 2015 evitará os problemas que atormentaram o resort da empresa em Paris

Trabalhador da construção caminha pelo local onde será construído o parque da Disney em Xangai, na China (Qilai Shen/Bloomberg)

Trabalhador da construção caminha pelo local onde será construído o parque da Disney em Xangai, na China (Qilai Shen/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2014 às 23h26.

Los Angeles - O parque de diversões que a Walt Disney abrirá em Xangai em 2015 evitará os problemas que atormentaram o resort da empresa em Paris, disse o presidente e CEO Robert Iger.

O parque de Xangai não terá o excesso de dívidas que afetou Disneyland Paris desde o começo, e se beneficiará de uma base populacional maior e de uma economia mais forte, disse Iger ontem em entrevista com a Bloomberg Television.

“Os problemas da Euro Disney datam de um par de décadas atrás e tiveram a ver com uma estrutura financeira daquela empresa quase desde o início” disse Iger em entrevista da Vanity Fair New Establishment Summit em São Francisco.

“Eles assumiram muita dívida. Seus modelos de preços estavam desajustados, e eles acabaram ficando em uma economia que foi muito, mas muito saltitante com os anos”.

A Disney, com sede em Burbank, Califórnia, considera o resort europeu um ativo crucial. Nesta semana, a empresa disse que resgatará a Euro Disney SCA, que passa por problemas, com uma estruturação que reduz a dívida e dá ao resort mais de um bilhão de euros (US$ 1,3 bilhão) para investir durante os próximos dez anos.

“Temos uma marca da que estamos orgulhosos, que procuramos proteger”, disse Iger.

“A menos que você invista em continuar lustrando essa marca, fazer a experiência grande, seja pelo aspecto dos hotéis, seja pelas atrações, seja pelo desenvolvimento de novas atrações, é muito importante. A menos que você invista nisso, a marca não terá sucesso”.

A Disney, a maior empresa de entretenimento do mundo, planeja nomear um diretor operacional no ano que vem, estabelecendo um herdeiro natural para Iger, 63, quem assinou um contrato estendido na semana passada que vai até junho de 2018.

Tom Staggs, 53, diretor da divisão de parques, e Jay Rasulo, 58, diretor financeiro, são mencionados com frequência como possíveis candidatos.

Planejamento da sucessão

“Sentimo-nos bem a respeito de como estamos preparados para sucessões”, disse Iger.

“Como temos dito ocasionalmente, é provável que nomeemos um diretor operacional com suficiente antecipação para dar a essa pessoa uma chance de expandir sua experiência na empresa e a nós, uma oportunidade de desenvolver ainda mais essa pessoa”.

Iger também abordou o contrato assinado nesta semana pela ESPN Network, propriedade da companhia, e a Turner Broadcasting da Time Warner com a NBA.

Espera-se que o acordo por nove anos pague US$ 24 bilhões à liga, disse uma fonte do setor. Como isso afetará as contas mensais dos serviços de TV dos consumidores dependerá dos distribuidores de TV a cabo e por satélite, disse Iger.

Preço e valor

“Somos cientes do custo de qualquer produto que sair ao mercado, da economia e da capacidade dos clientes para adquiri-lo”, disse Iger. “Continuamos investindo, quer nos nossos parques ou nas nossas redes de mídia, naquela qualidade, para que a relação entre preço e valor se mantenha alta”.

A ESPN, que transmite o programa “Monday Night Football”, não detectou uma perda de telespectadores como resultados dos erros da National Football League no tratamento do caso de violência doméstica que envolve o ex-running back do Baltimore Ravens Ray Rice, disse Iger.

“O torcedor de futebol americano, em se falando de forma geral, quase certamente saiba do assunto. Eu tenho certeza de que muitos estão preocupados com o problema, mas não parece estar afetando o número de telespectadores”, disse ele.

Iger disse que a Disney foi surpreendida neste ano pela forte demanda por mercadorias relacionadas ao filme de animação “Frozen: Uma Aventura Congelante”, que foi um grande sucesso.

Desde então, a empresa aumentou a oferta de itens como fantasias de Halloween ligadas aos personagens.

“A demanda pelas fantasias de ‘Frozen: Uma Aventura Congelante’ vem sendo uma loucura desde a estreia do filme, muito mais do que nós tínhamos antecipado, porque, quem podia saber?”, disse Iger. “Mas para esta temporada estamos definitivamente preparados”.

Acompanhe tudo sobre:ÁsiaChinaDisneyEmpresasEmpresas americanasEntretenimentoServiços

Mais de Negócios

Cacau Show, Chilli Beans e mais: 10 franquias no modelo de contêiner a partir de R$ 30 mil

Sentimentos em dados: como a IA pode ajudar a entender e atender clientes?

Como formar líderes orientados ao propósito

Em Nova York, um musical que já faturou R$ 1 bilhão é a chave para retomada da Broadway

Mais na Exame