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Presidente da Telecom Italia está pronto para renunciar

A saída de Flavio Cattaneo foi tomada após o executivo entrar em conflito com o principal acionista, o grupo francês Vivendi

Cattaneo: quatro das fontes afirmaram que a saída de Cattaneo deve ser anunciada até 27 de julho (Remo Casilli/Reuters)

Cattaneo: quatro das fontes afirmaram que a saída de Cattaneo deve ser anunciada até 27 de julho (Remo Casilli/Reuters)

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Reuters

Publicado em 21 de julho de 2017 às 11h29.

Última atualização em 21 de julho de 2017 às 17h21.

Milão - O conselho da Telecom Italia discutirá em 24 de julho a saída do presidente-executivo, Flavio Cattaneo, disse a empresa nesta sexta-feira, confirmando reportagem da Reuters que dizia que Cattaneo sairia em breve, após conflitos com a Vivendi, maior acionista da empresa.

Em um comunicado, a Telecom Italia disse que seu comitê de remunerações e nomeações se reunirá em 24 de julho para discutir uma proposta para encerrar a relação (com Cattaneo) com consentimento mútuo".

Mais cedo nesta sexta-feira, fontes familiarizadas com o assunto disseram à Reuters que Cattaneo renunciaria dentro de alguns dias.

Amos Genish, alto executivo da Vivendi, deverá ser indicado como diretor administrativo da Telecom Italia, efetivamente assumindo o lugar deixado por Cattaneo, afirmaram as fontes em condição de anonimato porque a decisão não é pública.

Antes de ingressar na Vivendi, Genish foi presidente-executivo da Telefônica Brasil até outubro do ano passado. A Telecom Italia controla no Brasil a TIM.

A Vivendi não quis comentar, enquanto Cattaneo não respondeu a e-mail com pedidos de manifestação.

O relacionamento entre Cattaneo, de 54 anos, que assumiu a presidência da Telecom Italia em março de 2016, e o grupo francês de mídia que detém 24 por cento da empresa italiana azedou nas últimas semanas, disseram várias fontes.

Segundo elas, a Vivendi, que chegou a elogiar Cattaneo por promover cortes de custos da endividada companhia italiana, passou a ficar cada vez mais insatisfeita depois que o executivo se envolveu em uma polêmica com o governo da Itália sobre o lançamento de rede de banda larga ultraveloz.

A polêmica irritou a Vivendi, que já está sob a mira do governo italiano devido a sua crescente influência sobre grupos da Itália. Além da fatia na Telecom Italia, a Vivendi tem 30 por cento da emissora privada Mediaset.

Uma fonte disse nesta sexta-feira que a Vivendi explorou a possibilidade de limitar os poderes de Catteneo ao indicar outros gestores, mas acrescentou que esta opção não está mais na mesa.

Três fontes afirmaram que Cattaneo já está negociando pacote de saída da Telecom Italia e que está próximo de um acordo.

As fontes disseram, ainda, que ele provavelmente receberá menos que o teto de 40 milhões de euros ao qual teria direito de acordo com cláusula no seu contrato. Uma fonte disse que ele receberá 32 milhões de euros.

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