Negócios

CEO da Sony confirma corte de custos e 10 mil vagas

Dois dias atrás, a Sony reduziu suas perspectivas de ganhos pela quarta vez em menos de um ano e agora prevê um prejuízo de 520 bilhões de ienes

O plano de Hirai é cortar um total de 10 mil empregos em todo o mundo, ou cerca de 6% de sua força de trabalho, até março de 2013 (Olivier Morin/AFP)

O plano de Hirai é cortar um total de 10 mil empregos em todo o mundo, ou cerca de 6% de sua força de trabalho, até março de 2013 (Olivier Morin/AFP)

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Da Redação

Publicado em 12 de abril de 2012 às 14h10.

Tóquio - O executivo-chefe da Sony, Kazuo Hirai, confirmou nesta quinta-feira que vai implementar profundas mudanças na companhia, entre elas fortes cortes de custo em seus negócios no núcleo de televisores, que hoje é deficitário, e o fechamento de 10 mil postos de trabalho. "Vou definitivamente mudar a Sony e fazê-la reviver", disse em entrevista à imprensa para anunciar seus planos. "Não há momento que não seja agora para a Sony mudar."

Dois dias atrás, a Sony reduziu suas perspectivas de ganhos pela quarta vez em menos de um ano e agora prevê um prejuízo de 520 bilhões de ienes (US$ 6,4 bilhões) no último ano fiscal - o maior prejuízo nos 65 anos de história do conglomerado japonês do setor eletrônico. A previsão feita em fevereiro era de prejuízo de 220 bilhões de ienes. O resultado será afetado por uma despesa relacionada a impostos em suas operações nos Estados Unidos.

A Sony se enfraqueceu em consequência das perdas no segmento de televisão, da valorização do iene e da diminuição da competitividade frente aos novos players do setor, como Apple e Samsung. O prejuízo da Sony no ano fiscal terminado em março é o quarto anual consecutivo.

O plano de Hirai é cortar um total de 10 mil empregos em todo o mundo, ou cerca de 6% de sua força de trabalho, até março de 2013.

O novo CEO disse ainda que o seu plano de três anos, que se encerra em março de 2015, prevê um aumento da receita para 8,5 trilhões de ienes - alta de 33% em relação a sua previsão de receita para o recém-terminado ano fiscal - e elevar suas margens de lucro operacionais para mais de 5%. As informações são da Dow Jones.

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