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CEO da Fiat irá se tornar chairman da Ferrari

Saída de Montezemolo, anunciada nesta quarta-feira pela Fiat, era amplamente esperada após a escalada de confrontos entre os dois executivos

Sergio Marchionne: CEO da Fiat disse que o recente desempenho da Ferrari nas corridas da Fórmula 1 era inaceitável (Rebecca Cook/Files/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 10 de setembro de 2014 às 08h32.

Milão - Luca Cordero di Montezemolo vai deixar o cargo de presidente do Conselho da Ferrari em 13 de outubro e será substituído por Sergio Marchionne, que também atua como presidente-executivo do grupo controlador Fiat.

A saída de Montezemolo, anunciada nesta quarta-feira pela Fiat , era amplamente esperada após a escalada de confrontos entre os dois executivos sobre a estratégia e o papel do negócio de carros esportivos de luxo dentro do grupo Fiat.

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Às 07h38, as ações da Fiat subiam 2,53 por cento, a 7,89 euros.

Montezemolo, presidente do Conselho da Ferrari desde 1991, queria manter a montadora autônoma, enquanto Marchionne vinha fazendo pressão para uma melhor integração do negócio com a Fiat para impulsionar o movimento do grupo na extremidade premium do mercado de automóveis, buscando rivalizar com os carros do segmento da Volkswagen e BMW.

A saída do executivo em 13 de outubro coincide com a data em que a Fiat, que detém 90 por cento da Ferrari, planeja listar a Fiat Chrysler Automobiles em Nova York, depois de concluir uma fusão com seu negócio norte-americano.

"A Ferrari terá um papel importante a desempenhar no Grupo FCA na listagem de ações em Wall Street . Isso abrirá uma nova e diferente fase, que sinto que deve ser liderada pelo CEO do grupo", disse Montezemolo em um comunicado à parte.

Marchionne afirmou que ele e Montezemolo haviam discutido o futuro da Ferrari a fundo e que "o nosso desejo mútuo de ver a Ferrari alcançar o seu verdadeiro potencial na pista (de Fórmula 1) levou a mal-entendidos, que se tornaram claramente visíveis durante o último fim de semana".

O CEO da Fiat disse no domingo que o recente desempenho decepcionante da equipe da Ferrari nas corridas da Fórmula 1 era "inaceitável" e que era "absolutamente inegociável" que a Ferrari deveria ganhar corridas do torneio.

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