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Cemig leiloará ativos de fibra óptica ao invés de vender unidade

A Cemig interrompeu o processo de desinvestimento de sua unidade de fibra óptica no ano passado

Cemig: conselho aprovou a integração da Cemig Telecomunicações à sua controladora (Cemig/Facebook/Divulgação)
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Reuters

Publicado em 7 de março de 2018 às 16h17.

São Paulo - A elétrica mineira Cemig informou a partes interessadas que seu braço de fibra óptica, a Cemig Telecomunicações , planeja vender seus ativos em um leilão ao invés de vender a sua unidade Cemig Telecom, disseram duas fontes familiarizadas com o assunto.

A Cemig interrompeu o processo de desinvestimento de sua unidade de fibra óptica no ano passado. Neste mês, no entanto, seu conselho aprovou a integração da Cemig Telecomunicações à sua controladora.

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Com a medida, a Cemig tem a capacidade de vender seus ativos de fibra em leilão na bolsa brasileira B3, no qual os interessados vão apresentar suas propostas em envelopes lacrados, acrescentaram as fontes, que pediram anonimato uma vez que o assunto é confidencial.

O leilão dos ativos evitaria uma negociação muito mais difícil para a privatização de uma unidade e representa uma oportunidade rara para as empresas do setor de telecomunciações de expandirem suas redes de fibra por meio de uma aquisição.

As principais empresas de telecomunicações do Brasil estão cada vez mais buscando expandir em banda larga, conforme os mercados de telefonia móvel e TV por assinatura ficam cada vez mais saturados no país, pesando sobre a lucratividade.

Entre as empresas interessadas nos ativos da Cemig Telecom, cuja rede de fibra óptica alcança 9.500 quilômetros ao longo de cinco Estados brasileiros, estão a Telefônica Brasil e a TIM Participações, disseram as fontes.

Outros concorrentes menores são a Vogel Soluções em Telecomunicações, que pertence à Patria Investimentos, a Algar Telecom e a Aloo Telecom, na qual a empresa de investimentos norte-americana Cartesian Capital possui uma fatia.

Fontes próximas ao negócio disseram que as ofertas podem variar entre 300 milhões a 500 milhões de reais, dependendo dos ativos a serem ofertados.

A TIM e a Cemig não quiseram comentar. Algar e Aloo não estavam imediatamente disponíveis para comentários.

A Vogel Telecom confirmou à Reuters interesse na operação. A empresa disse que vem acompanhando há bastante tempo o movimento no mercado e aguarda o processo formal.

A Telefônica Brasil disse que considera estar "bem posicionada para continuar crescendo de forma orgânica no país, mas está sempre atenta a oportunidades no mercado".

Busca por banda larga

A TIM anunciou em dezembro a expansão de sua banda larga ultrarrápida de fibra ótica até a residência dos usuários (FITH), que atualmente é ofertada apenas nas cidades do Rio de Janeiro e São Paulo, e a Telefônica Brasil também está voltando as atenções para a expansão desse tipo de rede.

Em seu plano estratégico de três anos divulgado terça-feira, a TIM previu que uma parte significativa de seus investimentos irão para banda larga, com o objetivo de cobrir 13 cidades com tecnologia FITH até 2020, ante duas atualmente.

Embora as duas empresas tenham apetite por crescimento não orgânico em banda larga, de acordo com algumas fontes com conhecimento do assunto, existem relativamente poucas oportunidades de curto prazo.

Apesar do interesse amplo, poucos ativos de banda larga menores e regionais estão à venda. A maior parte dos ativos da Cemig Telecom estão em Minas Gerais, Estado extremamente montanhoso, tornando mais caro construir uma rede de fibra óptica do zero.

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