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Cemig estuda aquisições para garantir geração

A empresa não revela quais são os ativos, mas adiantou que o objetivo é substituir a capacidade de geração que pode ser perdida com a não renovação de concessões


	A Cemig se recusou a aderir aos termos propostos pelo governo e, caso não sejam renovados os contratos, a estatal mineira pode perder até 60% da capacidade instalada
 (Getty Images)

A Cemig se recusou a aderir aos termos propostos pelo governo e, caso não sejam renovados os contratos, a estatal mineira pode perder até 60% da capacidade instalada (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 4 de abril de 2013 às 09h28.

Belo Horizonte - A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) está estudando novas aquisições para serem feitas ainda em 2013.

A empresa não revela quais são os ativos nem os valores, mas adiantou que o objetivo é substituir a capacidade de geração que pode ser perdida com a decisão de não renovar as concessões de 18 usinas proposta pelo governo federal no fim do ano passado.

As usinas foram incluídas na Medida Provisória 579 que determinou renovação antecipada de concessões de ativos cujos contratos vencem até 2017.

A Cemig se recusou a aderir aos termos propostos pelo governo e, caso não sejam renovados os contratos, a estatal mineira pode perder até 60% da capacidade instalada de geração, atualmente de 6,9 mil megawatts.

Apenas três dessas hidrelétricas - São Simão, Miranda e Jaguara - têm potencial de geração de 2.542 mil megawatts, equivalentes a 36,7% do total da companhia.

Segundo o diretor de Finanças e Relações com Investidores da Cemig, Luiz Fernando Rolla, a empresa já fez o pedido de renovação da usina de Jaguara nos mesmos termos do contrato vigente.

O entendimento é que, por serem as primeiras concessões, os contratos preveem que sejam renovados sem alterações. O governo federal tem até maio para dar uma resposta.


"Já fizemos a solicitação dessa prorrogação - Jaguara -, mas estamos adotando medidas para substituir essa capacidade de geração", afirmou Rolla, segundo o qual os investimentos vão ser mantidos mesmo que a companhia consiga a renovação. "Se não tiver (renovação), será para substituir. Senão, será para aumentar a capacidade", salientou.

Ele deu como exemplo dos investimentos a aquisição da participação da Suzano Papel e Celulose no Consórcio Capim Branco Energia, negócio concluído no mês passado.

A estatal mineira assinou contrato para comprar, por R$ 97 milhões, 30,3% da participação da Suzano no negócio, elevando de 21,05% para 26,47% a participação da Cemig no consórcio, que também tem a participação da Vale S.A. e da Votorantim Metais Zinco S.A.

"Estamos em negociação para aquisição de outros ativos e contratos. São propostas muito atrativas, que vão agregar à empresa", afirmou Rolla, sem revelar quais são essas negociações. Ele adiantou apenas que a maior parte dos ativos e contratos são nas áreas de geração e transmissão de energia, que "são setores naturais" de atuação da Cemig.

O executivo disse também que a empresa deve captar recursos no mercado para fazer as aquisições, apesar dos pouco mais de R$ 4 bilhões que a companhia tem em caixa.

O grupo Cemig tinha uma dívida consolidada com vencimento em 2013 de R$ 5,9 bilhões, mas, de acordo com Rolla, quase 60% desse total já foi rolado.

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