Negócios

Cemig avalia parceiro estratégico em desinvestimento da Light

Estatal mineira de energia tem conduzido um ambicioso plano de vendas de ativos para reduzir sua enorme dívida

Cemig: empresa trabalha para realizar a venda da participação na Light ainda em 2018 (Cemig/Divulgação)

Cemig: empresa trabalha para realizar a venda da participação na Light ainda em 2018 (Cemig/Divulgação)

R

Reuters

Publicado em 30 de julho de 2018 às 18h11.

Última atualização em 30 de julho de 2018 às 19h01.

Nova York - A estatal mineira de energia Cemig tem considerado a possibilidade de uma parceria estratégica como parte de seu plano de desinvestimento da participação que detém na Light, onde é controladora, disse o presidente-financeiro da elétrica nesta segunda-feira.

"Nós continuamos a tentar vender este ano, se não (todas) as ações pelo menos uma parte, trazendo talvez um parceiro estratégico", disse Maurício Fernandes Leonardo Jr, antes de tocar o sino de fechamento da bolsa de valores de Nova York.

"Nós continuamos considerando M&A (oportunidades de fusões e aquisições), mas estamos abertos a novas possibilidades", acrescentou.

A Cemig tem conduzido um ambicioso plano de vendas de ativos para reduzir sua enorme dívida.

Um dos ativos no pacote de possíveis desinvestimentos é a fatia da companhia no bloco de controle da Light, que tem ativos de geração e é responsável pela distribuição de energia na região metropolitana do Rio de Janeiro.

Em maio, executivos da Cemig disseram que a empresa trabalha para realizar a venda da participação na Light ainda em 2018.

Depois de uma recente emissão de 500 milhões de dólares em eurobonds que Fernandes qualificou como um "verdadeiro sucesso",a Cemig continuará a explorar o mercado externo quando as condições forem favoráveis, embora uma nova operação não seja provável no curto prazo, segundo ele.

"É bom que a Cemig (continua) no mercado", disse o executivo. "É importante manter essa porta aberta."

Ele disse que o foco da companhia continua sendo desinvestir ativos não-essenciais, melhorando a eficiência operacional e reduzindo a alavancagem.

"Se continuarmos a conseguir vender certos ativos que não estão ligados ao nosso negócio principal... trazendo esses fundos para a Cemig aceleraríamos a desalavancagem, potencialmente trazendo condições mais favoráveis para fazermos novas emissões", disse Fernandes.

As ações da Cemig na bolsa de São Paulo subiram mais de 26 por cento em 2018 até o momento, ante cerca de 5 por cento de alta no índice Ibovespa. As ações da companhia em dólar avançaram 4,4 por cento, apesar da depreciação acentuada do real contra a moeda norte-americana.

"A empresa foi capitalizada, a dívida foi reperfilada, nós tivemos sucesso em implementar medidas para alavancara eficiência operacional", disse Fernandes.

 

Acompanhe tudo sobre:CemigEnergiaLight

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia