CCR passa de lucro para prejuízo no 2º trimestre com efeitos da pandemia
A companhia anunciou nesta quinta, 13, prejuízo comparável de R$ 164,7 mihões de abril a junho, ante lucro de R$ 329,5 milhões em igual etapa de 2019
Reuters
Publicado em 13 de agosto de 2020 às 20h00.
Última atualização em 13 de agosto de 2020 às 21h38.
A CCR passou de lucro para prejuízo no segundo trimestre, refletindo a queda de tráfego de rodovias, aeroportos e outros modais de mobilidade urbana sob sua concessão diante das medidas de isolamento social tomadas para conter a pandemia do coronavírus.
A companhia anunciou nesta quinta-feira que teve prejuízo comparável de 164,7 milhões de reais de abril a junho, ante lucro de 329,5 milhões em igual etapa de 2019. O prejuízo, no entanto, foi menor do que a previsão média de analistas consultados pela Refinitiv, de 194,6 milhões de reais.
O tráfego consolidado no trimestre das rodovias sob concessão da CCR, incluindo o Sistema Anhanguera/Bandeirantes e a Via Dutra, caiu 22,1% ano a ano, enquanto na mobilidade urbana o declínio chegou a 73,6%, atingindo 95% em aeroportos.
"A recuperação no tráfego de todos os modais vem acontecendo nos últimos meses, à medida que as medidas de isolamento social vêm sendo reduzidas", disse Marcus Vinicius Vieira Macedo, gestor de relações com investidores da CCR.
O resultado operacional da companhia medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês) ajustado pela mesma base somou 819,4 milhões de reais, queda de 39,7% ano a ano. A previsão de analistas para esta linha era de 678,3 milhões de reais.
Segundo Macedo, a expectativa da companhia no momento é de manter os investimentos previstos para 2020, de quase 2 bilhões de reais, a despeito dos efeitos da crise.
O executivo disse que a empresa segue interessada em participar de leilões de infraestrutura para os diferentes modais em que atua, incluindo o de aeroportos, segmento que especialistas dizem que deve ser um dos de mais lenta recuperação dos efeitos da pandemia.
"No longo prazo o setor de aeroportos continua fazendo sentido e nosso interesse não mudou", disse Macedo.