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CCR estima 50% de crédito do BNDES para o Rodoanel

Custos de desapropriação e de impactos sobre o meio ambiente não serão cobertos pelo banco nos trechos sul e leste do Rodoanel

Trecho sul do Rodoanel, na capital paulista (Arquivo/Exame)

Trecho sul do Rodoanel, na capital paulista (Arquivo/Exame)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h47.

São Paulo - Os investimentos necessários para os trechos sul e leste do Rodoanel, que serão licitados, devem contar com cerca de 50% de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A outra metade será atendida por dívida corporativa, segundo afirmou hoje o diretor de Relações com Investidores da Companhia de Concessões Rodoviárias (CCR), Arthur Piotto Filho.

Segundo ele, o BNDES costuma cobrir de 60% a 70% da demanda de financiamento neste tipo de projeto, mas sua participação será menor neste caso porque os custos de desapropriação e impactos sobre o meio ambiente não serão financiados pelo banco.

"Estimamos que cerca de 50% da demanda total será elegível para financiamento do BNDES", disse o executivo, que participa hoje do Seminário de Melhores Práticas de Divulgação de Informações ao Mercado, na BM&FBovespa. O edital para concessão dos trechos sul e leste do Rodoanel foi publicado no começo de agosto pelo governo paulista. A licitação está prevista para 4 de novembro. Quem ganhar o trecho sul do Rodoanel, com 61,4 quilômetros de extensão, construirá 42,4 quilômetros do ramo leste em até 36 meses, a contar da assinatura do contrato.

O projeto demandará investimentos de R$ 5 bilhões, mais uma outorga fixa de R$ 370 milhões e o pagamento mensal de 3% da receita bruta do pedágio e das receitas acessórias da administradora dos trechos. De acordo com o executivo, a CCR tem interesse em participar do projeto e está avaliando suas premissas, como tráfego e valores de desapropriação.

As desapropriações e os riscos do projeto ficarão por conta da iniciativa privada. "A taxa de retorno do projeto tem de ser proporcional ao risco que ele tem", afirmou Piotto. Ele destacou que "grande parte" dos investimentos corresponde a um trecho novo, o que traz mais incertezas.

O executivo reiterou que faz sentido considerar a hipótese de formação de consórcios para o projeto devido ao seu grande porte. Segundo ele, ainda não existe nenhuma conversa com outras empresas neste sentido, mas o executivo afirmou que isso pode ocorrer "nos 40 minutos do segundo tempo". A CCR já administra o trecho oeste do Rodoanel.

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