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Casino reafirma que intenções do Carrefour são hostis

Varejista acredita que sua posição contra a fusão no Grupo Pão de Açúcar vai sobreviver aos tribunais e frisou que o Carrefour não estabeleceu nenhuma conversa

"Uma operação desta natureza exige a divulgação integral e um respeito pelos direitos de todas as partes envolvidas", disse o Casino (Philippe Huguen/AFP)

"Uma operação desta natureza exige a divulgação integral e um respeito pelos direitos de todas as partes envolvidas", disse o Casino (Philippe Huguen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2011 às 12h38.

Paris - O Grupo Casino reiterou que as intenções do Carrefour em relação à companhia são hostis, após a Gama, controlada pelo banco de investimento brasileiro BTG Pactual, propor na semana passada uma controversa fusão entre os ativos brasileiros do Carrefour e os da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), que tem controle compartilhado entre Casino e família Diniz.

A mais recente batalha na guerra de palavras entre as duas companhias francesas ocorre após o Carrefour afirmar mais cedo que a Gama submeteu uma proposta "simultaneamente ao Carrefour e à CBD" e a transação proposta estaria sujeita à aprovação do conselho da Wilkes, empresa que abriga os controladores da CBD. O Carrefour afirmou que "não cabe à empresa comentar sobre o processo de tomada de decisão interna da CBD".

A companhia francesa também ressaltou que o acordo de acionistas entre o Casino e a família Diniz, um documento público, "não contêm, segundo o nosso conhecimento, qualquer disposição que proíba discussões ou negociações e, até agora, o Casino não fez referência sobre qualquer cláusula específica para apoiar as suas afirmações".

Em resposta, o Casino disse, que a "omissão do Carrefour de meses de negociações pelo controle da CBD demonstra amplamente a hostilidade da companhia. Se o Carrefour não tinha intenções hostis, certamente teria informado sobre suas intenções ao Casino, o acionista mais importante e detentor do controle conjunto da CBD".

O Casino também destacou que tais negociações "são claramente proibidas por documentos e pelo espírito dos acordos relevantes, que são públicos. O Casino está confiante de que sua posição vai prevalecer perante as cortes competentes e tribunais que vão considerar este assunto".

"Ao contrário do que afirma o Carrefour, uma operação desta natureza exige a divulgação integral e um respeito pelos direitos de todas as partes envolvidas", disse o Casino. As informações são da Dow Jones.

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