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Casino classifica como ilegal a operação entre Pão de Açúcar e Carrefour

Casino já havia obtido documentos que provavam as negociações

Abilio Diniz: o Casino lembrou o empresário de que deveria ser informado sobre as negociações, mas mesmo assim, ele continuou a discussão com o Carrefour "ignorando tanto o direto quanto a ética elementar das negociações”, segundo o Casino
 (VEJA)

Abilio Diniz: o Casino lembrou o empresário de que deveria ser informado sobre as negociações, mas mesmo assim, ele continuou a discussão com o Carrefour "ignorando tanto o direto quanto a ética elementar das negociações”, segundo o Casino (VEJA)

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Da Redação

Publicado em 28 de junho de 2011 às 09h24.

São Paulo – O Casino, sócio francês do Pão de Açúcar que tem a opção de exercer o controle da rede em 2012, afirmou, em comunicado ao mercado, que pode se opor à operação entre a rede de Abílio Diniz e o Carrefour no Brasil. A rede francesa chamou a operação de ilegal.

Hoje (28/6), o Grupo Pão de Açúcar confirmou as negociações com o Carrefour, que é concorrente do Casino, o principal acionista do Grupo Pão de Açúcar. A oferta foi feita pela Gama, companhia que pertence ao BTG Pactual. A intenção é unir os ativos do Carrefour e os do Pão de Açúcar em uma joint-venture de partes iguais. 

O Casino já havia arquivado um pedido de arbitragem junto à Câmara Internacional de Comércio (ICC) contra o grupo de Abilio Diniz e obtido documentos que provavam as negociações. “O comunicado (da operação entre Carrefour e Abilio Diniz) confirma que negociações secretas e ilícitas foram conduzidas “, informou a rede, em comunicado. 

O Casino afirmou que, ao contrário dos termos do anúncio feito pelo varejista brasileiro, a operação não foi uma proposta espontânea da Gama, mas “um projeto de operação financeira preparado há muito tempo e ilegalmente pelo Carrefour e pelo Abilio Diniz”. 

Qualquer negociação da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD) não poderia ser feita sem a consulta ao Casino, segundo a rede, que afirma ter lembrado Diniz dessa obrigação, sem sucesso. “Apesar disso, eles continuaram a discussão, ignorando tanto o direto quanto a ética elementar das negociações”.

O Casino afirmou que tem o poder de se opor ao projeto e que, nos próximos dias, vai estudar o modo de defender seus interesses. “Nenhuma negociação sobre o futuro da CDB pode ser conduzida sem (nosso) consentimento e sem discussão prévia no Conselho de Administração da Wilkes (a holding de controle da CBD da qual participam o Casino e Diniz)”. 

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