Casino diz ao BNDES que 'vai lutar' por direitos
O CEO Jean-Charles Naouri demonstrou para Luciano Coutinho, do BNDES, que vai defender seu direito de ter controle do Pão de Açúcar em 2012
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 14h49.
São Paulo - O presidente do grupo varejista francês Casino, Jean-Charles Naouri, vai defender de maneira "intransigente" seu direito de assumir o controle do Pão de Açúcar no ano que vem. O executivo deixou isso claro em reunião com Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ontem no Rio de Janeiro.
"Ele disse que vai lutar até o fim para prevalecer o acordo de acionistas", contou ao jornal O Estado de S. Paulo uma fonte ligada à empresa. Sócio de Abilio Diniz desde 1999, o Casino resiste à fusão entre a Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), dona do Pão de Açúcar, e as operações do Carrefour no País. Em 2005, o Casino adquiriu o direito de assumir, em 2012, o controle da CBD. A fusão proposta por Diniz pode mudar o jogo de poder na CBD.
Naouri afirmou a Coutinho que é "o melhor sócio que a CBD pode ter" e que "não escolheu diretores e deixou Abilio fazer o que quisesse" na gestão. O executivo, que também é o maior acionista do Casino, disse que a fusão não cria um "campeão nacional", porque o controle estará na mão de empresas francesas. A preocupação com a desnacionalização do varejo é um das justificativas do BNDES para apoiar a fusão.
Coutinho disse a Naouri que acha a operação um bom negócio para o banco e para as empresas, mas que o apoio do BNDES depende de um acordo entre os sócios. O banco se comprometeu a injetar até R$ 4,5 bilhões na empresa resultante da fusão.
Segundo uma fonte do BNDES, o banco agora entrou em "compasso de espera", mas ainda acredita que é possível uma negociação na Wilkes, holding que controla a CBD, para que os dois sócios se entendam. Essa fonte contou, porém, que Naouri deu a impressão que pode decidir o assunto na Justiça. Se chegar a esse ponto, o BNDES deve retirar o apoio ao negócio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - O presidente do grupo varejista francês Casino, Jean-Charles Naouri, vai defender de maneira "intransigente" seu direito de assumir o controle do Pão de Açúcar no ano que vem. O executivo deixou isso claro em reunião com Luciano Coutinho, presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ontem no Rio de Janeiro.
"Ele disse que vai lutar até o fim para prevalecer o acordo de acionistas", contou ao jornal O Estado de S. Paulo uma fonte ligada à empresa. Sócio de Abilio Diniz desde 1999, o Casino resiste à fusão entre a Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), dona do Pão de Açúcar, e as operações do Carrefour no País. Em 2005, o Casino adquiriu o direito de assumir, em 2012, o controle da CBD. A fusão proposta por Diniz pode mudar o jogo de poder na CBD.
Naouri afirmou a Coutinho que é "o melhor sócio que a CBD pode ter" e que "não escolheu diretores e deixou Abilio fazer o que quisesse" na gestão. O executivo, que também é o maior acionista do Casino, disse que a fusão não cria um "campeão nacional", porque o controle estará na mão de empresas francesas. A preocupação com a desnacionalização do varejo é um das justificativas do BNDES para apoiar a fusão.
Coutinho disse a Naouri que acha a operação um bom negócio para o banco e para as empresas, mas que o apoio do BNDES depende de um acordo entre os sócios. O banco se comprometeu a injetar até R$ 4,5 bilhões na empresa resultante da fusão.
Segundo uma fonte do BNDES, o banco agora entrou em "compasso de espera", mas ainda acredita que é possível uma negociação na Wilkes, holding que controla a CBD, para que os dois sócios se entendam. Essa fonte contou, porém, que Naouri deu a impressão que pode decidir o assunto na Justiça. Se chegar a esse ponto, o BNDES deve retirar o apoio ao negócio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.