Negócios

Câmbio e adesão ao Refis levam Fibria a prejuízo

Fabricante registrou prejuízo líquido de 185 milhões de reais no quarto trimestre de 2013

Fardos de celulose para exportação estocados em uma fábrica da Fibria em Aracruz, Espirito Santo (Rich Press/Bloomberg)

Fardos de celulose para exportação estocados em uma fábrica da Fibria em Aracruz, Espirito Santo (Rich Press/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 29 de janeiro de 2014 às 20h40.

Rio de Janeiro - A fabricante de celulose Fibria registrou prejuízo líquido de 185 milhões de reais no quarto trimestre, pressionada pelo variação cambial e pelo aumento da despesas com imposto de renda pela adesão ao Refis.

Um ano antes, a Fibria teve lucro de 48 milhões de reais.

"Os mesmos fatores explicam grande parte do prejuízo apurado no ano de 698 milhões de reais", informou a companhia em seu relatório de resultados nesta quarta-feira.

Excluindo os efeitos, o lucro teria sido de aproximadamente 323 milhões de reais no trimestre e de 834 milhões no ano, acrescentou a Fibria.

Cinco estimativas de analistas obtidas pela Reuters sobre os resultados da Fibria no quarto trimestre variaram de prejuízo de 321 milhões de reais a lucro de 36 milhões.

No final de novembro, a Fibria informou que aderiu à modalidade de pagamento à vista concedida pelo governo de dívidas relativas a Imposto de Renda (IRPJ) e Contribuição Social (CSLL), com desembolso efetivo de 392,32 milhões de reais.

O resultado financeiro foi negativo em 599 milhões de reais entre outubro e dezembro contra um resultado negativo de 226 milhões no trimestre anterior, variação explicada principalmente pelo maior efeito da variação cambial sobre a dívida e sobre as operações de hedge.


Do lado operacional, a produção de celulose da companhia no quarto trimestre caiu 1 por cento na comparação anual, a 1,358 milhão de toneladas, enquanto as vendas caíram 5 por cento na mesma base de comparação, e encerraram o trimestre em 1,44 milhão de toneladas.

Já a receita líquida da Fibria cresceu 6 por cento no trimestre ano a ano, para 1,95 bilhão de reais.

O Ebitda (sigla em inglês para lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) foi de 1,63 bilhão de reais entre outubro e dezembro, ante 870 milhões de reais um ano antes.

A Fibria encerrou dezembro com uma dívida líquida de 7,85 bilhões de reais, 5 por cento menor ante setembro.

O custo da dívida em moeda estrangeira ficou em 4,6 ao ano por cento ao final do quarto trimestre. Considerando a recompra do saldo em aberto dos títulos com vencimento em 2020 anunciada nesta quarta-feira, o custo médio da dívida em moeda estrangeira ficaria em 4 por cento ao ano.

Perspectivas para 2014

"Após um ano bastante positivo para o mercado de celulose, alguns desafios são esperados para 2014", disse a Fibria.

Apesar do início das operações de novas fábricas de celulose, a previsão de um melhor desempenho da economia nos Estados Unidos e Europa combinada com novas máquinas de papel que entraram em operação em 2013 e demais investimentos esperados para o ano devem suportar um aumento da demanda, acrescentou.

Para 2014, a Fibria aprovou um orçamento de capital 1,52 bilhão de reais, alta de 18 por cento na comparação com 2013.

Acompanhe tudo sobre:EmpresasEmpresas abertasFibriagestao-de-negociosMadeiraPapel e CelulosePrejuízoResultado

Mais de Negócios

Especialista prevê as novas tendência de IA para 2025

Gestão de performance: os 5 erros mais comuns e como evitá-los

Vender a casa e continuar morando nela? Startup capta R$ 100 milhões para acelerar essa ideia

Os bilionários que mais ganharam dinheiro em 2024