Agência da Caixa Econômica: banco quer entrar com força no setor de cartões de crédito. (.)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Brasília - A Caixa Econômica Federal quer entrar com força no setor de cartões de crédito e já negocia a compra de parte de uma empresa privada. A intenção é operar uma grande bandeira nacional voltada à baixa renda. A presidente do banco, Maria Fernanda Coelho, disse que o plano é anunciar o negócio até o fim do ano. Ela rechaça a avaliação de que os altos juros do cartão são o atrativo para que o banco ingresse no setor.
"Essa é uma tendência mundial", argumenta. Seis meses após a compra de 49,9% do Banco Panamericano, a Caixa se prepara para o segundo passo no plano de ingressar em setores com forte potencial de crescimento, mas que ainda são pouco explorados.
O plano da Caixa é atender clientes de menor renda, ramo em que a instituição já tem grande fatia do mercado. Para isso, o banco quer operar uma marca nacional para concorrer com as gigantes internacionais Visa e MasterCard. "A bandeira precisa atender de forma muito clara esse segmento, suas necessidades de consumo, de crédito."
Ao entrar no setor, o desafio da Caixa será atingir o pequeno comércio, periferias e as cidades distantes do interior. Ainda que o cartão tenha chegado a muitos postos de gasolina, farmácias e supermercados da periferia, os custos ainda impedem a adoção do meio de pagamento no restante do comércio. Além disso, há milhares de pequenos empresários - que muitas vezes flertam com a informalidade - que não podem aceitar o dinheiro de plástico.
Uma das hipóteses ouvidas no mercado é de que essa compra que a Caixa negocia poderia ser a Hipercard, bandeira de cartões populares do Itaú. Ao ser questionada sobre essa possibilidade, Maria Fernanda não confirmou, mas também não descartou o negócio. "Temos várias bandeiras regionais importantes. A Hipercard é, sem dúvidas, muito importante no Nordeste. Mas temos outras no Norte, no Sudeste. Até o sul da Bahia tem bandeiras significativas", desconversa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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