Caixa e BTG estudam compra da seguradora do Banco Pan
O valor da aquisição da Pan Seguros pode variar entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões
Da Redação
Publicado em 2 de maio de 2014 às 09h41.
São Paulo - A Caixa Econômica Federal e o BTG Pactual avaliam a aquisição da seguradora do banco Pan (ex-Panamericano), a Pan Seguros, dentro da estratégia de capitalizar a instituição, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Ainda que a operação seja concluída, está previsto um aporte adicional no banco, a ser feito pelos sócios, que deve variar entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão, segundo um executivo de mercado.
O valor da aquisição da Pan Seguros, considerando os múltiplos de preço sobre lucro (P/L) das seguradoras locais listadas, pode variar entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões, segundo outra fonte.
O montante a ser injetado no banco com o negócio seria em torno de R$ 400 milhões antes de impostos. Após a tributação, ficaria entre R$ 280 milhões e R$ 350 milhões.
A cifra a ser paga, porém, pode ser inflacionada, na visão de outra fonte, uma vez que o negócio visa, prioritariamente, a capitalização da instituição, e não uma aquisição estratégica.
O objetivo do BTG e da Caixa ao injetar dinheiro no Pan, que em 2013 acumulou o segundo ano consecutivo de prejuízo, seria sustentar o projeto de expansão do banco e levá-lo de volta ao lucro.
O valor total é estimado, conforme antecipou o Broadcast em fevereiro, entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões.
Parte disso, caso a aquisição da Pan Seguros seja bem-sucedida, virá da injeção indireta de recursos no negócio e o restante de um aporte.
Para Gilberto Tonello, analista do Grupo Bursátil Mexicano (GBM), a venda da seguradora não geraria o volume de recursos suficiente para equalizar a estrutura do Pan.
"O montante que poderia vir da venda da seguradora é muito abaixo em relação ao que achamos necessário para capitalizar o banco, entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões", avalia Tonello.
A aquisição da seguradora ainda não foi aprovada, conforme fonte, e tem de passar pelo crivo dos acionistas minoritários do banco Pan.
No ano passado, os prêmios emitidos pela Pan Seguros foram de pouco mais de R$ 160 milhões, enquanto o lucro líquido alcançou cerca de R$ 54,3 milhões.
O patrimônio líquido da seguradora atingiu R$ 181,3 milhões.
Alternativa
A estratégia de capitalizar o Pan pela compra da seguradora do banco foi a forma encontrada, segundo fonte, uma vez que a Caixa está tendo dificuldade em conseguir a chancela do governo para o aumento de capital da instituição.
No ano passado, o banco Pan teve prejuízo de R$ 151,7 milhões ante resultado negativo de R$ 496,0 milhões em 2012.
Na condição atual, o banco não tem conseguido reter o crédito que gera.
Em 2013, o Pan somou quase R$ 7 bilhões em cessões, ante carteira total de pouco mais de R$ 15 bilhões.
Com a capitalização, porém, a instituição não precisaria mais fazer cessão de crédito.
Isso porque o aporte reforçaria a sua estrutura de capital e possibilitaria à instituição ter recursos suficientes para fazer frente aos empréstimos, usufruindo dos ganhos da operação, tendo mais folga para emprestar e, consequentemente, voltar a apresentar lucro.
Na última capitalização do Pan, de cerca de R$ 1,8 bilhão, feita em janeiro de 2012, o preço de cada ação ficou em R$ 6,05.
O banco registrou patrimônio líquido de R$ 2,3 bilhões em dezembro último.
Com um aumento de capital de R$ 2 bilhões, por exemplo, o montante praticamente dobraria para R$ 4,3 bilhões. Procurados, o Pan, o BTG e a Caixa não comentaram.
São Paulo - A Caixa Econômica Federal e o BTG Pactual avaliam a aquisição da seguradora do banco Pan (ex-Panamericano), a Pan Seguros, dentro da estratégia de capitalizar a instituição, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
Ainda que a operação seja concluída, está previsto um aporte adicional no banco, a ser feito pelos sócios, que deve variar entre R$ 500 milhões e R$ 1 bilhão, segundo um executivo de mercado.
O valor da aquisição da Pan Seguros, considerando os múltiplos de preço sobre lucro (P/L) das seguradoras locais listadas, pode variar entre R$ 600 milhões e R$ 700 milhões, segundo outra fonte.
O montante a ser injetado no banco com o negócio seria em torno de R$ 400 milhões antes de impostos. Após a tributação, ficaria entre R$ 280 milhões e R$ 350 milhões.
A cifra a ser paga, porém, pode ser inflacionada, na visão de outra fonte, uma vez que o negócio visa, prioritariamente, a capitalização da instituição, e não uma aquisição estratégica.
O objetivo do BTG e da Caixa ao injetar dinheiro no Pan, que em 2013 acumulou o segundo ano consecutivo de prejuízo, seria sustentar o projeto de expansão do banco e levá-lo de volta ao lucro.
O valor total é estimado, conforme antecipou o Broadcast em fevereiro, entre R$ 1 bilhão e R$ 2 bilhões.
Parte disso, caso a aquisição da Pan Seguros seja bem-sucedida, virá da injeção indireta de recursos no negócio e o restante de um aporte.
Para Gilberto Tonello, analista do Grupo Bursátil Mexicano (GBM), a venda da seguradora não geraria o volume de recursos suficiente para equalizar a estrutura do Pan.
"O montante que poderia vir da venda da seguradora é muito abaixo em relação ao que achamos necessário para capitalizar o banco, entre R$ 1,5 bilhão e R$ 2 bilhões", avalia Tonello.
A aquisição da seguradora ainda não foi aprovada, conforme fonte, e tem de passar pelo crivo dos acionistas minoritários do banco Pan.
No ano passado, os prêmios emitidos pela Pan Seguros foram de pouco mais de R$ 160 milhões, enquanto o lucro líquido alcançou cerca de R$ 54,3 milhões.
O patrimônio líquido da seguradora atingiu R$ 181,3 milhões.
Alternativa
A estratégia de capitalizar o Pan pela compra da seguradora do banco foi a forma encontrada, segundo fonte, uma vez que a Caixa está tendo dificuldade em conseguir a chancela do governo para o aumento de capital da instituição.
No ano passado, o banco Pan teve prejuízo de R$ 151,7 milhões ante resultado negativo de R$ 496,0 milhões em 2012.
Na condição atual, o banco não tem conseguido reter o crédito que gera.
Em 2013, o Pan somou quase R$ 7 bilhões em cessões, ante carteira total de pouco mais de R$ 15 bilhões.
Com a capitalização, porém, a instituição não precisaria mais fazer cessão de crédito.
Isso porque o aporte reforçaria a sua estrutura de capital e possibilitaria à instituição ter recursos suficientes para fazer frente aos empréstimos, usufruindo dos ganhos da operação, tendo mais folga para emprestar e, consequentemente, voltar a apresentar lucro.
Na última capitalização do Pan, de cerca de R$ 1,8 bilhão, feita em janeiro de 2012, o preço de cada ação ficou em R$ 6,05.
O banco registrou patrimônio líquido de R$ 2,3 bilhões em dezembro último.
Com um aumento de capital de R$ 2 bilhões, por exemplo, o montante praticamente dobraria para R$ 4,3 bilhões. Procurados, o Pan, o BTG e a Caixa não comentaram.