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Caixa e Banco do Brasil apostam na expansão do crédito imobiliário

Brasília - A Caixa e o Banco do Brasil esperam por forte expansão do crédito imobiliário neste ano, sem se preocuparem com a fonte de recursos para atender à demanda. Na avaliação de técnicos da Caixa, no longo prazo é possível que todos os bancos tenham destinado recursos da poupança para o crédito imobiliário acima […]

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.

Brasília - A Caixa e o Banco do Brasil esperam por forte expansão do crédito imobiliário neste ano, sem se preocuparem com a fonte de recursos para atender à demanda. Na avaliação de técnicos da Caixa, no longo prazo é possível que todos os bancos tenham destinado recursos da poupança para o crédito imobiliário acima do exigido.
 
Para a Caixa, uma das alternativas, no futuro, para um nova fonte de recursos é a securitização de papéis imobiliários, o que significa transformar créditos de longo prazo em Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs). Esses certificados são vendidos a investidores.
 
Atualmente, os bancos são obrigados a destinar 65% das aplicações do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) para os empréstimos imobiliários.

O vice-presidente de Cartões e Novos Negócios do Banco do Brasil, Paulo Rogério Caffarelli, também espera que no futuro o mercado secundário de crédito imobiliário esteja disseminado. Neste ano, diz Caffarelli, não faltam recursos para aplicar no financiamento imobiliário.
 
O Banco do Brasil tem disponível R$ 7 bilhões para este ano. Em 2009, a carteira de financiamento imobiliário do banco ficou em R$ 1,5 bilhão, com expectativa de dobrar esse resultado neste ano. A meta do banco é estar entre os três maiores em 2012. A Caixa, por sua vez, aplicou R$ 47 bilhões em crédito imobiliário em 2009 e tem meta de R$ 55 bilhões para este ano.

Na avaliação de Caffarelli, ainda que há muito espaço para o crédito imobiliário crescer no Brasil. "Temos dobrado o desembolso ano após ano, mas ainda estamos distantes de outros países", disse.
 
Ele lembrou que o crédito imobiliário no Brasil corresponde a 3% do Produto Interno Bruto (PIB) - soma de todos os bens e serviços produzidos no país -, enquanto que em outros países, como o México e o Chile, esses índices são maiores, cerca de 11% e 17%, respectivamente. Caffarelli lembra ainda que o país tem déficit habitacional de 8 milhões de unidades, número que indica necessidade expansão do crédito para compra de imóveis.
 

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