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Cafeicultores da Ásia retêm venda do robusta

Volume de café sendo comercializado nos principais países produtores de robusta, Vietnã e Indonésia, é mínimo, com vendedores segurando o produto

A maior parte dos contratos de venda do café indonésio é para embarque entre maio e junho, quando o fluxo de café do país ganha força, com avanço da colheita, disseram traders (REUTERS/YT Haryono)

A maior parte dos contratos de venda do café indonésio é para embarque entre maio e junho, quando o fluxo de café do país ganha força, com avanço da colheita, disseram traders (REUTERS/YT Haryono)

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Da Redação

Publicado em 3 de maio de 2013 às 17h03.

Londres - O volume de café sendo comercializado nos principais países produtores de robusta, Vietnã e Indonésia, é mínimo, com vendedores segurando o produto e com torrefadores bem abastecidos, em condição de esperar a oferta, disseram traders nesta sexta-feira.

O fraco movimento têm mantido os diferenciais altos e torna mais difícil avaliar o patamar dos preços com precisão, uma vez que as ofertas e propostas variam amplamente, acrescentaram.

"Não há muito volume porque os produtores vietnamitas não estão realmente dispostos a vender", disse um trader europeu.

"Na Indonésia, não há volumes de café ainda, então os diferenciais estão muito altos." Agentes do mercado estimam que exportadores de café da principal ilha produtora na Indonésia, em Sumatra, atrasaram o embarque de até 3 mil toneladas de grãos depois de um período de clima irregular.

Entretanto, os traders disseram que torrefadoras não estão preocupadas, uma vez que muitas podem esperar, com algumas, inclusive, pedindo para atrasar os embarques.

A maior parte dos contratos de venda do café indonésio é para embarque entre maio e junho, quando o fluxo de café do país ganha força, com avanço da colheita, disseram traders.

"Quando o volume vem, os diferencias terão de diminuir", disse um segundo trader.

O café robusta do Vietnã grau 2 para entrega no curto prazo foi cotado entre 40 e 90 dólares acima dos futuros do robusta em Londres, comparado aos 50 dólares da semana anterior.

Os grãos EK-1 foram cotados entre 20 e 100 dólares sobre os futuros de Londres, contra os 70 dólares da semana anterior.

"Os negócios estão limitados nesta semana, com as ideias de preço de venda distantes das ideias de compradores", apontou a Volcafe, divisão de café da trading suíça de commodities ED&F Man.


"Alguns embarques de curto prazo (abril/maio) foram postergados em Panjang, porque os exportadores não foram capazes de comprar café a tempo para o embarque", disse uma trading, acrescentando que chuvas esporádicas foram registradas em algumas áreas produtoras.

No Vietnã, as exportações de abril caíram 34,6 % ante um ano atrás, para 110 mil toneladas, elevando os embarques desde o início da temporada a 972,5 mil toneladas, ou 16,2 milhões de sacas, alta de 4 % no ano.

Brasil

Os traders continuam monitorando o Brasil, que está próximo de entrar no período de maior risco de geadas, entre maio e agosto.

O grão brasileiro tipo "Swedish" para embarque no curto prazo foi ofertado 17 centavos abaixo do primeiro vencimento do arábica em Nova York nesta sexta-feira, estável na semana.

O café arábica está atualmente sendo negociado pouco acima da mínima de 3 anos, de 1,3270 dólar por libra-peso, enquanto o mercado aguarda notícias, por parte do governo brasileiro, sobre um eventual ajuste no preço mínimo aos produtores.

Os ministérios da Agricultura e da Fazenda ainda discutem um novo preço mínimo para o café, disse à Reuters uma fonte próxima às discussões nesta sexta-feira.

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