Acompanhe:
seloNegócios

Cade instaura processo contra Itaú e Rede

Suspeita é que haja conduta anticompetitiva, já que o Itaú, dono da Rede, oferece condições melhores para clientes da sua própria credenciadora

Modo escuro

Continua após a publicidade
Itaú: medida vai contra a jurisprudência do Cade, que já multou bancos por discriminarem clientes de outras "maquininhas (Vanderlei Almeida/Getty Images)

Itaú: medida vai contra a jurisprudência do Cade, que já multou bancos por discriminarem clientes de outras "maquininhas (Vanderlei Almeida/Getty Images)

E
Estadão Conteúdo

Publicado em 18 de abril de 2019 às, 20h24.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) abriu processo para investigar Itaú e Rede depois de a credenciadora anunciar que vai zerar a taxa de antecipação para lojistas que tiverem conta no banco. O procedimento preparatório de inquérito administrativo foi aberto nesta quinta-feira, 18, pela superintendência-geral do órgão, que enviou um ofício ao Itaú/Unibanco pedindo explicações sobre a medida.

Segundo o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, apurou, a avaliação preliminar é que a medida vai contra a jurisprudência do Cade, que já multou bancos por discriminarem clientes de outras "maquininhas". A suspeita é que haja conduta anticompetitiva, já que o Itaú, dono da Rede, oferece condições melhores para clientes da sua própria credenciadora. Além disso, também será investigado se o banco está praticando preço predatório e subsídio cruzado.

Nesta quarta, 17, a Rede anunciou que não vai mais cobrar taxas de lojistas para antecipar o pagamento de vendas no crédito à vista, que será feito em dois dias e não no prazo tradicional de um mês. Para isso, no entanto, é necessário ter conta no Itaú Unibanco, o que poderá ser considerado abusivo pelo Cade.

As novas condições valerão a partir do dia 2 de maio e é uma ofensiva da instituição para abocanhar pequenas e médias empresas, além de autônomos e microempreendedores, com faturamento anual de até R$ 30 milhões. A isenção de taxas que marca mais um capítulo da 'guerra das maquininhas' no mercado brasileiro vale para atuais e novos clientes da Rede e contemplará usuários de qualquer modelo de maquininha da empresa.

No ano passado, o Cade firmou acordo com a Cielo e suas controladoras Bradesco e Banco do Brasil para encerrar processo que investiga condutas anticompetitivas adotadas pelas empresas. Pelo acordo, elas tiveram que pagar um total de R$ 33,8 milhões.

As instituições eram investigadas justamente por discriminar lojistas que usam "maquininhas" concorrentes da Cielo. Entre as práticas denunciadas estão a não antecipação de crédito com base nos recebíveis para clientes de outras credenciadoras - o que, para muitos lojistas, é essencial para manutenção de suas atividades - , a cobrança de taxas maiores desses clientes e a venda casada de contratos da credenciadora e de serviços dos bancos, como a abertura de contas.

Últimas Notícias

Ver mais
Fusão Arezzo-Soma, JBS e a fraqueza do yen japonês: 3 assuntos que movem o mercado
seloMercados

Fusão Arezzo-Soma, JBS e a fraqueza do yen japonês: 3 assuntos que movem o mercado

Há um dia

Madonna no Brasil? Cantora pode fazer show gratuito em Copacabana em maio
Pop

Madonna no Brasil? Cantora pode fazer show gratuito em Copacabana em maio

Há 3 semanas

Crédito puxa BB, Caixa e Itaú, e lucro dos 5 maiores bancos vai a R$ 107,5 bi em 2023
seloMercados

Crédito puxa BB, Caixa e Itaú, e lucro dos 5 maiores bancos vai a R$ 107,5 bi em 2023

Há 3 semanas

Cade aprova venda de fundos imobiliários do Credit Suisse para Pátria Investimentos
seloMercados

Cade aprova venda de fundos imobiliários do Credit Suisse para Pátria Investimentos

Há um mês

Continua após a publicidade
icon

Branded contents

Ver mais

Conteúdos de marca produzidos pelo time de EXAME Solutions

Exame.com

Acompanhe as últimas notícias e atualizações, aqui na Exame.

Leia mais