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Cade confirma aprovação de compra da Itambé pela Lactalis

Segundos advogados, a Vigor não apresentou questionamentos à decisão do Cade publicada no dia 30 de janeiro

Itambé: o órgão aprovou sem restrições a venda da Itambé Alimentos (ThinkStock/Thinkstock)

Itambé: o órgão aprovou sem restrições a venda da Itambé Alimentos (ThinkStock/Thinkstock)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 15 de fevereiro de 2018 às 18h54.

Última atualização em 15 de fevereiro de 2018 às 18h57.

São Paulo - Sem recursos à decisão, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) confirma a compra da Itambé pelo grupo francês Lactalis. Segundo as advogadas Amanda Barelli e Sandra Terepins, da BMA, que defende a Lactalis no caso, a Vigor, parte interessada, não apresentou questionamentos à decisão do Cade publicada no dia 30 de janeiro.

Desta forma, o órgão aprovou sem restrições a venda da Itambé Alimentos, pela Cooperativa Central dos Produtores Rurais de Minas Gerais (CCPR). "Isso mostra que a operação não trazia problemas concorrenciais", diz Terepins. A Vigor não comentou o caso.

A Itambé, no entanto, segue sob gestão da CPPR, porque a operação é alvo de uma disputa judicial entre a cooperativa e a Vigor (hoje controlada pela mexicana Lala). A Vigor considera que a venda aos franceses feriu o acordo de acionistas entre as empresas.

A cooperativa nega. O imbróglio entre as empresas começou em agosto de 2017, quando a J&F anunciou a venda da Vigor, com 50% de participação na Itambé, para a Lala. Na época, a CCPR comprou a fatia da Vigor, em 4 de dezembro, ficando então com 100% da Itambé.

No dia seguinte, a CCPR anunciou a venda da marca mineira ao grupo francês Lactalis. No entanto, na sequência, uma ação cancelou a venda das ações da Vigor na Itambé para a CCPR e, consequentemente, suspendeu a negociação com a francesa. No fim de dezembro, a CCPR conseguiu retomar o controle da Itambé, mas o processo ainda corre na Justiça.

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