Negócios

Cade aprova com restrições a venda da Fosbrasil pela Vale

A decisão foi unânime


	Trem da Vale: a transação foi anunciada no valor de US$ 52 milhões
 (Divulgação/Vale)

Trem da Vale: a transação foi anunciada no valor de US$ 52 milhões (Divulgação/Vale)

DR

Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 12h57.

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou com restrições a venda da participação acionária de 44,25% detida pela mineradora Vale na Fosbrasil para a Israel Chemicals Ltd (ICL). A decisão foi unânime.

A Fosbrasil produz ácido fosfórico e sais utilizados na produção de fertilizantes e ração animal em Cajati (SP). A transação foi anunciada, em dezembro de 2013, no valor de US$ 52 milhões.

O tribunal definiu reajustes fixados para os produtos da Fosbrasil, com base em limites de preços que podem ser praticados pela ICL.

Os valores são confidenciais e valem para produtos como o NGA, insumo usado na fabricação de ácido fosfórico. A restrição valerá por oito anos, até a entrada de um concorrente nacional no mercado.

As empresas também deverão suspender a cláusula de não concorrência firmadas entre elas para que a Fosbrasil no ingresse no mercado da Vale Fertilizantes por cinco anos.

A relatora do processo, conselheira Ana Frazão, afirmou que o fechamento do capital pela ICL poderia levar a empresa a adotar "conduta discriminatória a rivais".

"Com a saída da Vale da Fosbrasil, é razoável imaginar que a ICL possa adotar estratégia para discriminar seus concorrentes", disse.

A Corte administrativa já havia avaliado, por meio da Superintendência Geral do Cade, que a concentração Fosbrasil sob a ICL poderia levar a empresa a se recusar a comercializar ácido (PPA) utilizado para a produção de sais fosfatados e, com isso, elevar preços.

Em fato relevante de 2013, no qual anunciou a operação, a Vale defendeu a venda da Fosbrasil como parte do foco em "ativos estratégicos" aos negócios da mineradora.

"A transação é consistente com a estratégia da Vale de priorizar o investimento em ativos estratégicos de classe mundial e se constitui em mais um passo no processo de simplificação de seu portfólio", registrou.

Acompanhe tudo sobre:CadeEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasMineraçãoMineradorasSiderúrgicasVale

Mais de Negócios

Ele trabalhava 90 horas semanais para economizar e abrir um negócio – hoje tem fortuna de US$ 9,5 bi

Bezos economizou US$ 1 bilhão em impostos ao se mudar para a Flórida, diz revista

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados