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Chihuahua é pivô de batalha por milhões de dólares, diz WSJ

Nos Estados Unidos, animal de estimação recebeu do testamento de sua dona uma mansão avaliada em US$ 8,3 mi e um fundo de US$ 3 mi para cobrir despesas

Gail Posner, com sua cachorra Conchita: única garota que não considera diamantes seus melhores amigos.

Gail Posner, com sua cachorra Conchita: única garota que não considera diamantes seus melhores amigos.

Diogo Max

Diogo Max

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h39.

São Paulo - Conchita, uma cachorra da raça chihuahua, vivia tranquilamente na mansão de sete quartos em Miami Beach, nos Estados Unidos, quando sua dona, Gail Posner, herdeira do empresário americano Victor Posner e que foi envolvido em escândalos fiscais, morreu em março deste ano aos 67 anos e deixou um presente incomum para seu favorito animal de estimação: a mansão avaliada em US$ 8,3 milhões e mais um fundo de US$ 3 milhões para cobrir suas despesas.

A herança de Conchita e outros dois cachorros, no entanto, começou a ser questionada na justiça, de acordo com o jornal Wall Street Journal, em matéria publicada nesta quinta-feira. O único filho de Gail Posner, Bret Carr, entrou com uma ação civil no Tribunal de Miami semana passada, pedindo a revogação da vontade do testamento de sua mãe, que também estendeu US$ 26 milhões para sete dos seguranças, empregados e outros ajudantes pessoais - alguns deles, inclusive, podem viver na mansão, sem pagar nada, com a condição de cuidar dos animais de estimação.

Brett Carr alega que houve uma intriga obscura nessa história toda. Para ele, os empregados ajudaram a drogar a sua mãe com analgésicos e conspiraram para roubar suas posses, induzindo Gail Posner a mudar sua vontade no testamento, que estava pronto desde 2008.

Carr, aliás,  recebeu "apenas" a herança de US$ 1 milhão da fortuna de sua mãe, que fazia questão de dizer publicamente: "Conchita é a única garota que eu conheço que não considera os diamantes seus melhores amigos".

Ainda é cedo para falar sobre o futuro da batalha na justiça americana, mas especialistas ouvidos pelo Wall Street Journal afirmam que testamentos que deixam pouco ou nada para os legítimos herdeiros são geralmente desconsiderados.

Em 2007,  por exemplo, a corte de Nova York julgou o caso de um magnata que deixou US$ 12 milhões para seu cachorro maltês. Sim, seu cachorro maltês. Resultado: o juiz abaixou o valor da herança para US$ 2 milhões e direcionou o restante para a caridade. 

Mais cedo ou mais tarde, esse futuro deve chegar à parte da fortuna de Gail Posner. Entre as cláusulas do testamento, está a seguinte: depois que Conchita e os outros dois cachorros morrerem, a mansão deverá ser vendida e o montante arrecadado seguirá para uma instituição de caridade. Enfim. 

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