Cabify foca em consolidar operação depois de expansão no Brasil
Em 2018, a Cabify deverá crescer 5 vezes no Brasil, reduzindo o ritmo enquanto busca fortalecer a área de serviços corporativos, disse o presidente
Reuters
Publicado em 9 de janeiro de 2018 às 20h50.
São Paulo - Depois de multiplicar por 20 seu faturamento no Brasil em 2017, a espanhola Cabify vai focar em consolidar seu serviço de transporte urbano por aplicativo no país este ano, em meio a um incremento da competição no setor, disse o presidente-executivo global da companhia, Ricardo Weder.
Em 2018, a Cabify deverá crescer 5 vezes no Brasil, reduzindo o ritmo enquanto busca fortalecer a área de serviços corporativos, disse o executivo.
"A presença da Cabify é muito pequena em comparação ao mercado brasileiro... Estamos estudando expansões para novas cidades, mas no momento nosso foco é nossa proposta de valor", disse Weder, comentando que a empresa deverá triplicar neste ano sua equipe de desenvolvimento tecnológico.
O executivo evitou comentar números, mas afirmou que a empresa está preparando uma plataforma para gerenciar as corridas contratadas por clientes corporativos e uma nova versão de seu aplicativo.
A Cabify emprega 1.800 funcionários, tem 50 mil empresas como clientes e 3 milhões de usuários no mundo, disse Weder, acrescentando que a empresa registrou crescimento de 500 por cento na receita bruta global em 2017.
No Brasil desde 2016, a Cabify tem 200 mil motoristas cadastrados no país e está presente em oito cidades no Estado de São Paulo além de Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Brasília e Porto Alegre.
O Brasil deve se tornar neste ano um mercado mais acirrado, depois que a chinesa Didi Chuxing comprou o controle a brasileira 99 na semana passada. Mas Weder afirmou que a Cabify está "preparada para competir com grandes empresas em nível mundial".
Desde sua criação, em 2011, a Cabify recebeu 340 milhões de dólares de investidores, sendo 200 milhões voltados às operações no Brasil. Weder não comentou se a empresa buscará novas injeções de capital neste ano.