Negócios

C&A tem lucro de R$ 69,2 milhões no 2º tri, com crédito não recorrente

Empresa continua investindo em plataformas digitais e tecnologia, além de esperar retomada do consumo físico no segundo semestre

Vendas digitais continuam crescendo e, pouco a pouco, a empresa se recupera do baque gerado pela pandemia (Rafa Neddermeyer/JV IMAGENS/Divulgação)

Vendas digitais continuam crescendo e, pouco a pouco, a empresa se recupera do baque gerado pela pandemia (Rafa Neddermeyer/JV IMAGENS/Divulgação)

KS

Karina Souza

Publicado em 10 de agosto de 2021 às 20h43.

Última atualização em 10 de agosto de 2021 às 20h44.

A varejista C&A registrou lucro de R$ 69,2 milhões no segundo trimestre, revertendo o prejuízo de R$ 192,1 milhões registrado no mesmo período do ano passado, bastante afetado pelo fechamento das lojas físicas. Como já esperado, um efeito de crédito não recorrente gerou o resultado positivo -- caso contrário, a companhia apresentaria prejuízo de R$ 83,8 milhões.

 Aproveite a nova temporada de balanços para investir! Baixe o e-book gratuito "Indicadores de valor: como ler o balanço de uma empresa"

A receita líquida da empresa foi de R$ 1,1 bi no segundo trimestre deste ano, ante R$ 294,5 milhões no segundo trimestre de 2020. Apesar do avanço de mais de 299% em relação ao mesmo período do ano passado, a empresa ainda não se recuperou totalmente da queda sofrida durante a pandemia, com resultado 6,7% menor do que o 2T19.

O aumento da receita foi puxado principalmente pela categoria de vestuário, que registrou patamares próximos aos de 2019 em vendas. Produtos que puxaram o índice para baixo foram os da linha fashiontronics, que vende óculos, relógios e celulares, com redução de 22,5% em relação ao mesmo período do ano passado.

As vendas mesmas lojas também tiveram evolução positiva, com aumento de 303,9% na comparação ano a ano.

A companhia espera que as vendas se normalizem na segunda metade do ano, conseguindo reverter a média de horas operacionais do mês de abril, de 49,3%. Além de contar com a redução das restrições de circulação, a empresa também abriu nove lojas novas, localizadas em municípios de São Paulo, Rio de Janeiro. Mato Grosso, Paraná e Pernambuco. As iniciativas fazem parte do plano estratégico da empresa de aumentar a presença em cidades menores, com 100 mil a 500 mil habitantes, como apontam analistas. Para 2021, a meta da empresa é chegar a 304 lojas em todo o país.

No período, a margem EBITDA avançou 68,4 pontos percentuais, para 0,1% e o EBITDA ajustado ficou em R$ 1,4 milhão. "Tal resultado é decorrente do fechamento de lojas e restrições no horário de operação decorrentes de medidas governamentais para conter a pandemia enfrentadas principalmente no início do 2T21", diz a empresa em comunicado.

Investimentos em plataformas digitais

Mesmo com a retomada do varejo físico, a empresa não pretende deixar de lado os investimentos feitos nas plataformas digitais. A receita líquida da operação de e-commerce foi de R$ 191 milhões, aumento de 36,9% em relação ao mesmo período do ano passado -- em que as vendas online registraram forte crescimento no país.

Para continuar crescendo, a empresa fez um investimento recorde de R$ 141,6 milhões, valor 212,6% maior do que o registrado no segundo trimestre do ano passado. sendo R$ 118,2 para o digital e cadeia de suprimentos. Entre os investimentos, estão infraestrutura de telecom, investimentos em aplicações na nuvem e novo sistema de CRM, que vai permitir unificar as informações de clientes.

 

Acompanhe tudo sobre:BalançosC&A

Mais de Negócios

10 franquias para investir com o prêmio da medalha das Olimpíadas 2024

Na cidade de inovação, eles criaram uma operadora de telefonia que supera as gigantes do setor

"A taxa de mortalidade de startups de IA será alta", afirma Eric Ries, de "A Startup Enxuta"

O empresário goiano que vai doar bilheteria de evento para o RS — e já arrecadou R$ 2,2 milhões

Mais na Exame