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Bunge fecha acordo para comprar 30% da gaúcha Agrofel

Com o negócio, a multinacional com sede nos Estados Unidos pretende ampliar a sua capacidade de obter grãos no Rio Grande do Sul

Agronegócio: gigante do setor, Bunge fechou acordo para compra de parte de gaúcha (Roberto Samora/Reuters)

Agronegócio: gigante do setor, Bunge fechou acordo para compra de parte de gaúcha (Roberto Samora/Reuters)

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Reuters

Publicado em 12 de setembro de 2019 às 17h55.

São Paulo — A Bunge, uma das maiores empresas de agronegócio e alimentos no Brasil, informou nesta quinta-feira,12, acordo para adquirir 30% da Agrofel Grãos e Insumos, revenda do Rio Grande do Sul que também origina por ano mais de 1 milhão de toneladas de grãos, entre soja, milho e trigo.

Com o negócio, a multinacional com sede nos Estados Unidos pretende ampliar a sua capacidade de obter grãos no Rio Grande do Sul, Estado que deverá disputar na safra 2019/20 com o Paraná o posto de segundo produtor brasileiro de soja.

A originação de grãos é um dos principais negócios da Bunge no Brasil, país que é o maior exportador global de soja e o segundo em milho.

"Unir o amplo relacionamento e a expertise da Agrofel com produtores locais à nossa gestão logística e capacidade existente de originação no Brasil é ideal para aumentarmos nossa capilaridade de originação em um dos Estados mais relevantes em cultivo de soja", disse em nota o presidente de Operações Globais da Bunge, Raúl Padilla.

Os termos do acordo não foram divulgados.

A Agrofel, com 42 anos de atuação, tem sua estratégia de originação voltada para 15 mil agricultores e apoiada por 38 unidades, entre armazéns e lojas, com capacidade estática combinada de quase 450 mil toneladas, além de 470 profissionais, disse a Bunge em nota.

Para a Agrofel, a "união é resultado de uma parceria baseada na confiança entre as duas partes".

O presidente do Conselho da Agrofel, Wilson Ferrarin, disse que "a transação maximiza oportunidades para as duas empresas expandirem suas atuações no Rio Grande do Sul".

"A Bunge tem experiência em gestão de risco e capacidade logística completa, e contar com essa expertise nos coloca em outro patamar no mercado de grãos do país", acrescentou Ferrarin.

As demais empresas do grupo Ferrarin, que incluem revendas de máquinas e equipamentos agrícolas, não fazem parte do acordo com a Bunge. O grupo também oferta financiamento para o agronegócio e possui um segmento de produção de grãos, com quatro fazendas em Mato Grosso, segundo site da empresa.

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