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Buffett terá que ir à bolsa se quiser Marcopolo, diz de la Rosa

Presidente da fabricante de ônibus afirma que os controladores têm "muito interesse" em permanecer na empresa

O bilionário Warren Buffet: de olho na Marcopolo (Getty Images)

O bilionário Warren Buffet: de olho na Marcopolo (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 24 de junho de 2011 às 18h22.

Santiago - Warren Buffett terá que comprar ações da Marcopolo SA na BM&FBovespa se quiser tentar uma aquisição da fabricante de ônibus, disse o presidente da companhia, José Rubens de la Rosa.

Buffett, que é presidente do conselho de administração da Berkshire Hathaway Inc., com sede em Omaha, no estado americano de Nebraska, disse no mês passado que as empresas brasileiras estão no seu “radar” de potenciais aquisições. A Marcopolo era então uma das 27 empresas do Brasil e da China que atendem aos critérios de aquisição listados no relatório anual de Buffett, segundo dados compilados pela Bloomberg.

A Marcopolo, maior fabricante de ônibus do País, tem valor de mercado de R$ 3 bilhões e cerca de 36 por cento de suas ações ordinárias estão em circulação no mercado, segundo dados da Bloomberg. A companhia brasileira “ainda” não conversou com Buffett sobre uma possível aquisição, disse de la Rosa, em entrevista em Santiago ontem à noite.

“Se ele tem interesse em comprar ações, vai ter que procurá-las no mercado”, disse o presidente, referindo-se a Buffet. “Os controladores têm muito interesse em permanecer na empresa.”

A Berkshire é dona da fabricante de veículos Forest River Inc., que possui uma divisão para produção de ônibus escolares e vans para transporte fretado, chamada Starcraft Bus. Buffett não respondeu imediatamente a um pedido de comentário enviado por e-mail a sua assistente, Carrie Kizer.

A Marcopolo não tem planos imediatos de formar novas parcerias fora do Brasil, disse de la Rosa depois de participar de um painel de discussão sobre oportunidades de negócios, na China. A companhia permanece comprometida com o Egito, onde tem parceria com a fabricante de ônibus GB Auto SAE, disse ele.

“A lei da China hoje exige controle igualitário, sendo que a decisão final é da parte chinesa”, disse de la Rosa. “Temos que esperar um pouco mais, quando as leis forem mais, digamos, flexibilizadas e tivermos a oportunidades de fazer alguma coisa em que a Marcopolo possa ter um pouquinho mais de presença.”

A companhia vai produzir quase 30.000 ônibus este ano e deve atingir a meta de receita líquida de R$ 3,15 bilhões, disse ele.

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