BTP inicia operações em seu cais com primeiro navio
A companhia já possui uma programação de mais oito navios para os próximos sete dias
Da Redação
Publicado em 16 de agosto de 2013 às 17h02.
São Paulo - A Brasil Terminal Portuário (BTP) deu início na quarta-feira, 14, às suas atividades operacionais com a atracação do primeiro navio em seu cais, uma embarcação da MSC, empresa com a qual já possui contrato. A companhia, que ainda opera com restrições devido ao calado no canal e no acesso ao Porto de Santos, já possui uma programação de mais oito navios para os próximos sete dias e negocia com outros armadores o estabelecimento novos contratos, enquanto aguarda a conclusão das obras de dragagem na área.
Segundo Paulo Simões, diretor de Relações Institucionais da BTP, a previsão da empresa é de que essas obras terminem em cerca de dois meses. "Conforme a Secretaria Especial de Portos nos informou, a programação é de que as obras sejam concluídas em outubro, quando se espera que o calado do canal e do acesso alcancem 13,5 metros, com maré zero. Então operaríamos já com plena carga", disse. Atualmente a BTP tem autorização para receber navios que operem até 11,7 metros na maré zero.
Apesar desses problemas, Paulo se mostrou otimista e já prevê ganhos de produtividade na operação. O primeiro navio atracado registrou uma produtividade de 64 contêineres por hora, abaixo do índice de 80/h previstos pela companhia para quando estiver a plena capacidade, recebendo navios de 10 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). "Foi bem abaixo da nossa meta, mas considerando que foi o primeiro e o pessoal está em treinamento, nossa expectativa é de que a curva de crescimento seja abreviada", disse, indicando esperar atingir o nível almejado até o final do ano.
Acesso
Simões também comentou que a empresa recebeu na quarta-feira o aval da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para o novo projeto de acesso ao terminal apresentado pela companhia, que ampliará o número de faixas de rolamento nos 1.000 metros iniciais da estrada principal do porto (Avenida Perimetral). "Em mais alguns dias haverá a mobilização da construtora e a previsão é que em 8 a 9 meses o trecho seja concluído, o que resultará em superfície de rolagem melhor e maior velocidade no acesso ao porto", disse.
Conforme explicou o executivo, inicialmente o projeto da BTP previa a construção de um viaduto que daria acesso ao terminal. No entanto, a obra acabou sendo alterada, tendo em vista preocupações da Codesp com a harmonização do viaduto com a avenida, que atende aos demais terminais, e também com a necessidade de atender aos futuros terminais que devem ser licitados pelo governo federal e para os quais até então não havia definição clara de localização.
Simões comentou que, apesar de propiciar melhoria do acesso, a obra não resolverá por completo o gargalo logístico em Santos. Questionado sobre os principais problemas que se manterão, ele salientou a interferência da movimentação ferroviária no tráfego de caminhões. Segundo ele, existe um projeto para a avenida Perimetral que prevê passagens de nível nos cruzamentos de rodovias e ferrovias, além de mudanças nos ramais ferroviários. "Mas são projetos que demandam tempo, necessitam de licenças e precisam ser incluídos nos orçamentos", disse.
São Paulo - A Brasil Terminal Portuário (BTP) deu início na quarta-feira, 14, às suas atividades operacionais com a atracação do primeiro navio em seu cais, uma embarcação da MSC, empresa com a qual já possui contrato. A companhia, que ainda opera com restrições devido ao calado no canal e no acesso ao Porto de Santos, já possui uma programação de mais oito navios para os próximos sete dias e negocia com outros armadores o estabelecimento novos contratos, enquanto aguarda a conclusão das obras de dragagem na área.
Segundo Paulo Simões, diretor de Relações Institucionais da BTP, a previsão da empresa é de que essas obras terminem em cerca de dois meses. "Conforme a Secretaria Especial de Portos nos informou, a programação é de que as obras sejam concluídas em outubro, quando se espera que o calado do canal e do acesso alcancem 13,5 metros, com maré zero. Então operaríamos já com plena carga", disse. Atualmente a BTP tem autorização para receber navios que operem até 11,7 metros na maré zero.
Apesar desses problemas, Paulo se mostrou otimista e já prevê ganhos de produtividade na operação. O primeiro navio atracado registrou uma produtividade de 64 contêineres por hora, abaixo do índice de 80/h previstos pela companhia para quando estiver a plena capacidade, recebendo navios de 10 mil TEUs (medida equivalente a um contêiner de 20 pés). "Foi bem abaixo da nossa meta, mas considerando que foi o primeiro e o pessoal está em treinamento, nossa expectativa é de que a curva de crescimento seja abreviada", disse, indicando esperar atingir o nível almejado até o final do ano.
Acesso
Simões também comentou que a empresa recebeu na quarta-feira o aval da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) para o novo projeto de acesso ao terminal apresentado pela companhia, que ampliará o número de faixas de rolamento nos 1.000 metros iniciais da estrada principal do porto (Avenida Perimetral). "Em mais alguns dias haverá a mobilização da construtora e a previsão é que em 8 a 9 meses o trecho seja concluído, o que resultará em superfície de rolagem melhor e maior velocidade no acesso ao porto", disse.
Conforme explicou o executivo, inicialmente o projeto da BTP previa a construção de um viaduto que daria acesso ao terminal. No entanto, a obra acabou sendo alterada, tendo em vista preocupações da Codesp com a harmonização do viaduto com a avenida, que atende aos demais terminais, e também com a necessidade de atender aos futuros terminais que devem ser licitados pelo governo federal e para os quais até então não havia definição clara de localização.
Simões comentou que, apesar de propiciar melhoria do acesso, a obra não resolverá por completo o gargalo logístico em Santos. Questionado sobre os principais problemas que se manterão, ele salientou a interferência da movimentação ferroviária no tráfego de caminhões. Segundo ele, existe um projeto para a avenida Perimetral que prevê passagens de nível nos cruzamentos de rodovias e ferrovias, além de mudanças nos ramais ferroviários. "Mas são projetos que demandam tempo, necessitam de licenças e precisam ser incluídos nos orçamentos", disse.