Roberto Sallouti, presidente do BTG: com lançamento da plataforma digital de varejo, banco deve lançar novas linhas de crédito para PME (Divulgação/Exame)
Natália Flach
Publicado em 14 de fevereiro de 2020 às 15h41.
Última atualização em 14 de fevereiro de 2020 às 16h13.
São Paulo - Mais conhecido pelas transações com grandes empresas, o banco BTG Pactual (que é acionista controlador de EXAME) encerrou 2019 com uma carteira de crédito de 2,2 bilhões de reais voltada para pequenas e médias companhias, e a expectativa é alcançar algo entre 5 bilhões a 7 bilhões de reais neste ano.
"Conseguimos crescer nessa linha, porque investimos mais em cientistas de dados do que em gerentes de relacionamento", explica Roberto Sallouti, presidente do BTG.
A estratégia faz sentido para um banco que não tem a capilaridade dos grandes bancos de varejo. Até porque não é simples fazer análise de crédito da modalidade de desconto de duplicata de um tíquete médio de 14 mil reais.
"Os grandes bancos dependem dos gerentes para aprovação, o que pode levar dias. O nosso é do dia para a noite. Isso porque os contratos são razoavelmente padronizados e com uso de tecnologia", acrescenta João Marcello Dantas, diretor financeiro do BTG.
Até o momento, essa é a linha que o banco concede aos pequenos e médios empreendedores, pois ainda não têm acesso a informações de conta corrente. Mas isso deve acabar com o lançamento da plataforma digital voltado para o varejo pessoa jurídica e pessoa física.
"Aí deve haver uma expansão nas concessões", afirma Sallouti.
Ainda não há uma data para o lançamento da plataforma digital de varejo, mas será em algum momento até o fim do ano. "Estamos pilotando um teste com opções de cartões de crédito, de débito, pagamento de boleto e saques em ATM."