Negócios

BTG espera abrir banco no Chile em agosto com US$ 150 mi

O objetivo do banco é expandir para outros países da América Latina todos os produtos e linhas de negócios que ele possui no Brasil


	André Esteves: o BTG já tem uma licença bancária provisória no Chile e precisa de aprovação do órgão regulador bancário do país
 (Alessandro Shinoda)

André Esteves: o BTG já tem uma licença bancária provisória no Chile e precisa de aprovação do órgão regulador bancário do país (Alessandro Shinoda)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de março de 2014 às 14h50.

São Paulo - A Grupo BTG Pactual SA, banco brasileiro controlado pelo bilionário André Esteves, espera abrir um banco no Chile em agosto.

O BTG, que já tem 400 funcionários no Chile oferecendo corretagem, gestão de ativos e aconselhamento de fusões e aquisições, não planeja contratar mais neste ano para o novo empreendimento, disse Jorge Errazuriz, sócio e CEO da unidade Corredores de Bolsa da BTG Pactual Chile SA, em entrevista em Santiago. A empresa começará com US$ 150 milhões em capital, disse ele.

Bancos brasileiros como o BTG e o Itaú Unibanco Holding SA estão investindo na América Latina em um momento em que o crescimento do Brasil desacelera.

O BTG abriu uma corretora no México em janeiro, comprou a Bolsa y Renta SA, maior corretora da Colômbia em volume negociado, em junho de 2012, e anunciou a aquisição da Celfin Capital SA, com sede em Santiago, em fevereiro de 2012. O Itaú está planejando uma corretora no México e disse neste ano que compraria a Corpbanca SA, do Chile.

“Queremos ter bancos locais para oferecer empréstimos na moeda local aos clientes e competir com as instituições do país”, disse Roberto Sallouti, diretor de operações do BTG, em dezembro.

O objetivo do banco é expandir para outros países da América Latina todos os produtos e linhas de negócios que ele possui no Brasil, incluindo gerenciamento de ativos, private equity e gestão de riquezas, disse Sallouti.

José Lúcio Nascimento, sócio do BTG, disse que a licença para oferecer serviços bancários no Chile vai ajudar a empresa “a usar os empréstimos como forma de alavancar as atividades de banco de investimento no Chile e também de levantar recursos para os mercados locais”.


Licença permanente

O BTG já tem uma licença bancária provisória no Chile e precisa de aprovação do órgão regulador bancário do país, a Superintendencia de Bancos e Instituciones Financieras, antes de receber uma licença permanente, disse Nascimento. O banco planeja mudar-se para um novo escritório até o fim de abril, disse ele.

“Queremos manter os custos sob controle e aumentar a produtividade”, disse Errazuriz.

O mercado de ações do Chile pode sofrer neste ano com os reflexos das reformas tributárias do governo e com o fato de que alguns investidores internacionais estão levando dinheiro embora da América Latina em resposta à queda dos preços das commodities e à desaceleração econômica da China, disse Errazuriz.

“A desaceleração da economia chilena e algumas perdas por fraude também estão diminuindo os preços das ações no Chile”, disse Matías Repetto, diretor de ações da unidade do BTG no Chile. “A participação dos fundos institucionais locais no mercado de participações é de cerca de 10 por cento, uma baixa recorde”.

Alguns investidores locais latino-americanos veem a baixa recorde nos preços das ações como uma oportunidade para investir, disse Juan Guillermo Agüero, diretor de investimento bancário do BTG no Chile.

“Mais e mais ofertas de participações latino-americanas estão sendo compradas por investidores latino-americanos”, disse Agüero. “É por isso que os bancos locais com uma enorme presença regional podem fazer a diferença”.

Acompanhe tudo sobre:América Latinabancos-de-investimentoBTG PactualChileEmpresasEmpresas abertasHoldings

Mais de Negócios

15 franquias baratas a partir de R$ 300 para quem quer deixar de ser CLT em 2025

De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Como a mulher mais rica do mundo gasta sua fortuna de R$ 522 bilhões

Ele saiu do zero, superou o burnout e hoje faz R$ 500 milhões com tecnologia