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BRZ aumenta aposta em private equity no final de 2011

O plano da companhia, que virou um braço independente em 2007, é ser um dos cinco maiores gestores do País até 2015

Em private equity, a instituição vai manter a aposta em infraestrutura e agronegócio
DR

Da Redação

Publicado em 22 de julho de 2011 às 17h34.

São Paulo - A BRZ Investimentos, gestora de recursos controlada pela GP Investments planeja lançar novos fundos ainda este ano para fechar 2011 com um volume de recursos "bem maior" do que os cerca de R$ 3,5 bilhões atualmente, disse um executivo à Reuters.

"Há bastante dinheiro disponível na praça para private equity", disse Allan Hadid, em entrevista, mencionando um dos três segmentos de atuação da BRZ, que também administra fundos de ações e de crédito privado.

O plano da companhia, que virou um braço independente em 2007, quando era GP Administração de Recursos, é ser um dos cinco maiores gestores do País até 2015. A gestora administra recursos de fundos de pensão e de investidores de alta renda.

Em private equity, a instituição vai manter a aposta em infraestrutura e agronegócio. São empresas desses ramos, como portos e logística, os alvos principais dos R$ 840 milhões do último fundo levantado no final de 2010, e que tem cerca de 40% investidos.

No caso do mercado acionário, o gestor revela que o apetite dos investidores têm sido menor, mas que o cenário tende a ficar melhor para a bolsa brasileira tão logo sejam resolvidas questões do cenário internacional, como as da crise de dívidas soberanas na zona do euro e de aumento do teto de endividamento dos Estados Unidos.

"O caso americano deve ser superado em duas a três semanas. No caso da Europa, a situação deve ser circunscrita à Grécia", disse Hadid. Por diferentes motivos, as gigantes Petrobras e Vale, as exportadoras e o setor financeiro tendem a ficar pressionados por algum tempo, segundo o gestor.

As processadoras de cartões Cielo e Redecard enfrentam maior concorrência. Os bancos se deparam com um possível aumento na inadimplência e uma desaceleração do crescimento do crédito. As exportadoras têm contra si o câmbio valorizado. Já as ações de Vale e Petrobras ainda se ressentem do temor de maior ingerência do governo.

Mas Hadid diz ver potencial de ganhos em empresas ligadas ao mercado doméstico, especialmente à medida que o mercado começa a enxergar o problema do combate à inflação melhorando. "A inflação vai continuar a ser um desafio no Brasil nos próximos anos, devido ciclo de aumento da renda do trabalhador, mas o cenário em 2012 deve ser melhor do que este ano", disse.

Nesse ambiente, a BRZ enxerga com bons olhos companhias como a empresa de diagnósiticos médicos Dasa, na qual já detém participação, e a empresa de bens de consumo Hypermarcas. Fora disso, a estratégia para ações tem sido conservadora, incluindo papéis de prestadoras de serviços públicos ou de concessão de rodovias.

Uma mistura de estratégia defensiva e oportunismo provavelmente está por trás do desempenho do fundo BRZ Fund SPC Equity Long Only, que teve alta de 13% no primeiro semestre, ante queda de 4,3% do Ibovespa . Os retornos são medidos em dólares.

O patinho feio, pelo menos por enquanto, tem sido o segmento de crédito corporativo doméstico, devido principalmente à baixa liquidez do mercado secundário.

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São Paulo - A BRZ Investimentos, gestora de recursos controlada pela GP Investments planeja lançar novos fundos ainda este ano para fechar 2011 com um volume de recursos "bem maior" do que os cerca de R$ 3,5 bilhões atualmente, disse um executivo à Reuters.

"Há bastante dinheiro disponível na praça para private equity", disse Allan Hadid, em entrevista, mencionando um dos três segmentos de atuação da BRZ, que também administra fundos de ações e de crédito privado.

O plano da companhia, que virou um braço independente em 2007, quando era GP Administração de Recursos, é ser um dos cinco maiores gestores do País até 2015. A gestora administra recursos de fundos de pensão e de investidores de alta renda.

Em private equity, a instituição vai manter a aposta em infraestrutura e agronegócio. São empresas desses ramos, como portos e logística, os alvos principais dos R$ 840 milhões do último fundo levantado no final de 2010, e que tem cerca de 40% investidos.

No caso do mercado acionário, o gestor revela que o apetite dos investidores têm sido menor, mas que o cenário tende a ficar melhor para a bolsa brasileira tão logo sejam resolvidas questões do cenário internacional, como as da crise de dívidas soberanas na zona do euro e de aumento do teto de endividamento dos Estados Unidos.

"O caso americano deve ser superado em duas a três semanas. No caso da Europa, a situação deve ser circunscrita à Grécia", disse Hadid. Por diferentes motivos, as gigantes Petrobras e Vale, as exportadoras e o setor financeiro tendem a ficar pressionados por algum tempo, segundo o gestor.

As processadoras de cartões Cielo e Redecard enfrentam maior concorrência. Os bancos se deparam com um possível aumento na inadimplência e uma desaceleração do crescimento do crédito. As exportadoras têm contra si o câmbio valorizado. Já as ações de Vale e Petrobras ainda se ressentem do temor de maior ingerência do governo.

Mas Hadid diz ver potencial de ganhos em empresas ligadas ao mercado doméstico, especialmente à medida que o mercado começa a enxergar o problema do combate à inflação melhorando. "A inflação vai continuar a ser um desafio no Brasil nos próximos anos, devido ciclo de aumento da renda do trabalhador, mas o cenário em 2012 deve ser melhor do que este ano", disse.

Nesse ambiente, a BRZ enxerga com bons olhos companhias como a empresa de diagnósiticos médicos Dasa, na qual já detém participação, e a empresa de bens de consumo Hypermarcas. Fora disso, a estratégia para ações tem sido conservadora, incluindo papéis de prestadoras de serviços públicos ou de concessão de rodovias.

Uma mistura de estratégia defensiva e oportunismo provavelmente está por trás do desempenho do fundo BRZ Fund SPC Equity Long Only, que teve alta de 13% no primeiro semestre, ante queda de 4,3% do Ibovespa . Os retornos são medidos em dólares.

O patinho feio, pelo menos por enquanto, tem sido o segmento de crédito corporativo doméstico, devido principalmente à baixa liquidez do mercado secundário.

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