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Brasil Foods investirá de R$ 2 bi a R$ 2,5 bi nos próximos três anos

Somente no primeiro trimestre, os aportes somaram R$ 594 milhões, alta de 128% ante o mesmo período de 2011

Empresa estava com "freio de mão puxado" por causa da espera da posição do Cade sobre a fusão com a Sadia (Raul Júnior/Você S/A)

Empresa estava com "freio de mão puxado" por causa da espera da posição do Cade sobre a fusão com a Sadia (Raul Júnior/Você S/A)

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Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2012 às 12h19.

São Paulo - O vice-presidente de Finanças, Administração e de Relações com Investidores da BRF Brasil Foods, Leopoldo Saboya, reafirmou os guidances de investimento e captura de sinergias com a fusão com a Sadia. Sobre os aportes, a BRF vai investir entre R$ 2 bilhões e R$ 2,5 bilhões nos próximos três anos. Somente no primeiro trimestre, os aportes somaram R$ 594 milhões, alta de 128% ante o mesmo período de 2011. "O aumento não é para assustar. É que o ano passado estávamos com o 'freio de mão puxado' por causa da espera da posição do Cade sobre a fusão com a Sadia. Agora, retomamos aos níveis normais de investimentos", explicou o executivo durante coletiva de imprensa nesta sexta-feira.

Com relação aos guidances de sinergias com a fusão, Saboya reafirmou a captura de sinergias líquidas antes de impostos de R$ 1 bilhão por ano entre 2012 e 2013 e a estabilização nesse patamar desse período em diante. A BRF encerrou março com uma dívida líquida de R$ 5,9 bilhões, alta de 9,3% ante a cifra de R$ 5,4 bilhões do mesmo período de 2011. Do total do endividamento bruto, 45% estão no curto prazo e 55%, no longo prazo.

O caixa da companhia no período era de R$ 2,3 bilhões. "Mas temos uma liquidez de caixa de R$ 3,2 bilhões, incluindo os US$ 500 milhões do crédito rotativo fechado hoje", explicou o executivo. De acordo com ele, com a conquista dos três graus de investimento atribuídos pelas agências de classificação de risco Standard & Poor's, Fitch e Moody's, a BRF tende a ser uma frequente emissora no mercado (frequent issuer), não descartando eventuais próximos acessos ao mercado no ano. Se feitas, os recursos serão para alongar dívidas de curto prazo. Sobre aquisições, o executivo não quis dar mais detalhes, mas afirmou que a companhia está "sempre olhando oportunidades."

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