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Braskem deve dividir com Petrobras custo da nafta

Analistas consideram que o novo contrato deve ser menos favorável à Braskem

Petróleo: a nafta é o principal insumo utilizado pela cadeia petroquímica nacional (Divulgação/Petrobras)
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Da Redação

Publicado em 10 de dezembro de 2013 às 08h07.

São Paulo - Os papéis da petroquímica Braskem apresentaram, na segunda-feira, 9, a maior queda das ações que compõem o Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo. As ações preferenciais da companhia recuaram 4,5% e fecharam o dia negociadas a R$ 20,10.

A reação na bolsa indica a preocupação dos investidores em relação ao impasse nas negociações para a renovação do contrato de fornecimento de nafta da Petrobras para a petroquímica, conforme antecipou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, na sexta-feira, 6. A nafta é o principal insumo utilizado pela cadeia petroquímica nacional.

Pressionada pelo aumento da demanda doméstica por gasolina, a Petrobras passou a utilizar a nafta produzida localmente para compor a fórmula do combustível. Para honrar o compromisso de fornecimento com a Braskem, por sua vez, a estatal decidiu importar uma fatia de nafta e agora quer repassar à petroquímica o custo adicional proveniente da operação.

Sinal

O desfecho da negociação ainda está distante, mas analistas já consideram a situação um sinalizador de que o novo contrato deve ser menos favorável à Braskem. “Acreditamos que há uma grande probabilidade de que o novo contrato de fornecimento de nafta possa ter condições menos atrativas do que o atual contrato”, destacam os analistas Pedro Medeiros e Fernando Valle, do Citi.


Na eventualidade de o repasse de custos da Petrobrás para a Braskem atingir um efeito equivalente a 5% a 7% do valor atual, esse ajuste pode provocar um impacto de 7% no Ebitda e de 20% no lucro estimado para a companhia em 2014, segundo o Citi.

Os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, da Itaú BBA, lembram que a compra de nafta representa aproximadamente 50% dos custos da Braskem, algo como aproximadamente R$ 17 bilhões por ano. A maior parte desse volume, ou 70% do total, é entregue pela Petrobras, seja a partir de refinarias brasileiras ou via exterior. As companhias não revelam qual é o porcentual dessa divisão.

“Se assumirmos que a Petrobras seja bem-sucedida em repassar os custos de importação apenas sobre a nafta importada, o custo da nafta seria elevado em aproximadamente R$ 300 milhões”, destacam. O montante representa aproximadamente 5% da projeção do Itaú para o Ebitda da Braskem em 2014, no total de R$ 5,8 bilhões.

Ao mesmo tempo, os analistas do Itaú ponderam que a projeção para o Ebitda da Braskem em 2014 é “bastante conservadora”, uma vez que a Braskem pode atingir resultados mais favoráveis do que aqueles esperados com o ajuste de seus preços à desvalorização do real e com a recuperação dos spreads globais da cadeia petroquímica, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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São Paulo - Os papéis da petroquímica Braskem apresentaram, na segunda-feira, 9, a maior queda das ações que compõem o Ibovespa, principal índice da Bolsa de São Paulo. As ações preferenciais da companhia recuaram 4,5% e fecharam o dia negociadas a R$ 20,10.

A reação na bolsa indica a preocupação dos investidores em relação ao impasse nas negociações para a renovação do contrato de fornecimento de nafta da Petrobras para a petroquímica, conforme antecipou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, na sexta-feira, 6. A nafta é o principal insumo utilizado pela cadeia petroquímica nacional.

Pressionada pelo aumento da demanda doméstica por gasolina, a Petrobras passou a utilizar a nafta produzida localmente para compor a fórmula do combustível. Para honrar o compromisso de fornecimento com a Braskem, por sua vez, a estatal decidiu importar uma fatia de nafta e agora quer repassar à petroquímica o custo adicional proveniente da operação.

Sinal

O desfecho da negociação ainda está distante, mas analistas já consideram a situação um sinalizador de que o novo contrato deve ser menos favorável à Braskem. “Acreditamos que há uma grande probabilidade de que o novo contrato de fornecimento de nafta possa ter condições menos atrativas do que o atual contrato”, destacam os analistas Pedro Medeiros e Fernando Valle, do Citi.


Na eventualidade de o repasse de custos da Petrobrás para a Braskem atingir um efeito equivalente a 5% a 7% do valor atual, esse ajuste pode provocar um impacto de 7% no Ebitda e de 20% no lucro estimado para a companhia em 2014, segundo o Citi.

Os analistas Paula Kovarsky e Diego Mendes, da Itaú BBA, lembram que a compra de nafta representa aproximadamente 50% dos custos da Braskem, algo como aproximadamente R$ 17 bilhões por ano. A maior parte desse volume, ou 70% do total, é entregue pela Petrobras, seja a partir de refinarias brasileiras ou via exterior. As companhias não revelam qual é o porcentual dessa divisão.

“Se assumirmos que a Petrobras seja bem-sucedida em repassar os custos de importação apenas sobre a nafta importada, o custo da nafta seria elevado em aproximadamente R$ 300 milhões”, destacam. O montante representa aproximadamente 5% da projeção do Itaú para o Ebitda da Braskem em 2014, no total de R$ 5,8 bilhões.

Ao mesmo tempo, os analistas do Itaú ponderam que a projeção para o Ebitda da Braskem em 2014 é “bastante conservadora”, uma vez que a Braskem pode atingir resultados mais favoráveis do que aqueles esperados com o ajuste de seus preços à desvalorização do real e com a recuperação dos spreads globais da cadeia petroquímica, por exemplo. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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