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Braskem adquire ativo da Sunoco nos Estados Unidos

Os ativos comprados são chamados de "spliter", para uso na linha de produção de polipropileno da empresa

Fábrica: a companhia não informou o valor da transação (Divulgação)

Fábrica: a companhia não informou o valor da transação (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 3 de julho de 2012 às 08h33.

São Paulo - A Braskem informou nesta segunda-feira ter adquirido ativos nos Estados Unidos de separação de propeno da Sunoco, chamados de "spliter", para uso em sua linha de produção de polipropileno.

"A operação representa um importante passo no fortalecimento da (refinaria) Marcus Hook e no compromisso contínuo da Braskem com o mercado petroquímico norte-americano", informou a empresa.

Segundo a companhia, a aquisição garante a continuidade das operações da refinaria, já que a Sunoco havia informado em dezembro do ano passado que fecharia unidades de processamento na refinaria Marcus Hook.

"Havia um risco de ficar sem esse fornecimento. A Sunoco poderia parar de fornecer o serviço e a planta teria que parar", disse à Reuters o presidente da Braskem Estados Unidos e Europa, Fernando Musa.

A empresa não informou o valor da transação, mas segundo Musa, não haverá necessidades de financiamentos.

Ele destacou que o contrato de fornecimento com a Sunoco venceu em 30 de junho, e que o acordo foi fechado "no limite".

Em dezembro do ano passado, a Sunoco informou que fecharia unidades de processamento em Marcus Hook, assim como duas refinarias próprias caso não encontrasse compradores.

Pela manhã, a Sunoco já havia anunciado uma joint venture com a empresa de private equity Carlyle Group para manter a maior refinaria da costa leste dos Estados Unidos em operação.

A refinaria de Marcus Hook, com capacidade de 350 mil toneladas de polipropileno por ano, é a segunda maior da Braskem nos Estados Unidos, onde a companhia possui cinco unidades.

Atentos ao mercado

Musa ressaltou que a Braskem continua monitorando o mercado para possíveis novas aquisições, assim como a construção de uma nova unidade nos EUA, a exemplo do que está sendo feito no México.


"Especificamente da Sunoco, não há nenhum ativo do nosso interesse... Quanto a novos ativos, estamos com um monitoramento contínuo do mercado, e estamos ainda em processo de capturar as sinergias da Dow Chemical", disse ele, em referência a aquisição de quatro ativos da empresa norte-americana, sendo dois nos EUA e dois na Alemanha, no ano passado.

"Os EUA estão passando por uma revolução com a nova forma de explorar o xisto e estamos olhando já há algum tempo um projeto similar ao do México, mas ainda em fase inicial", completou.

No final de 2009, a Braskem, associada ao grupo mexicano Idesa, participou e venceu um leilão de contrato de etano para implementação de um complexo industrial no México, com capacidade produtiva anual de aproximadamente 1 milhão de toneladas de polietileno integrada à produção de 1 milhão de toneladas de eteno. A expectativa é que a produção comece em 2015.

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