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Brasil deve virar maior fornecedor de frango para China, diz corretora

Sadia e Perdigão seriam as empresas mais beneficiadas se o Brasil tomar dos EUA a liderança em exportações de frango ao país asiático

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

A China suspendeu as importações de carne de frango dos Estados Unidos (EUA) nesta quarta-feira (01/07) devido ao embargo norte-americano à importação de seus produtos derivados de frango. Segundo a agência de notícias Dow Jones, um porta-voz do ministério do comércio chinês alegou que a proibição "discriminatória" dos EUA viola as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e prejudica a indústria do país. A China chegou a fazer um pedido de negociação em abril deste ano. Porém, os dois países não chegaram em um acordo.

De acordo com a avaliação da corretora Fator, a suspensão das importações dos EUA abrirá caminho para que o Brasil ultrapasse os norte-americanos e se torne líder na exportação de carne de frango para a China. A restrição acontece justamente quando o mercado chinês começa a abrir as portas para as importações brasileiras de frango. Segundo relatório da corretora, em maio deste ano, 24 frigoríficos brasileiros foram habilitados para exportar carne aos chineses.

Ainda segundo as projeções da USDA, a China, que é o maior mercado consumidor do mundo, deve ultrapassar os EUA em consumo de frango ainda neste ano. A estimativa é de que 13,8 milhões de toneladas de aves sejam consumidas no país, ante aos 13,7 milhões de toneladas de aves consumidas nos EUA.

Outro fator que garante a China como um forte mercado consumidor é sua dificuldade de incrementar a produção de frango devido ao baixo potencial agrícola.

Para a corretora Fator, a Brasil Foods, maior processadora de frango do mundo, decorrente da união entre Sadia e Perdigão, vai ajudar a incrementar a produção nacional para atender esse aumento de demanda externa.

A corretora manteve sua recomendação de compra para as ações da Perdigão, com preço-alvo de 54,50 reais para junho de 2010.

 

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