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Brasil ajuda resultado global do Carrefour

Em todo o mundo, a varejista teve lucro líquido de 980 milhões de euros em 2015

Carrefour: o resultado da região subiu 23,5% em 2015, para 705 milhões de euros (Antoine Antoniol/Bloomberg)
DR

Da Redação

Publicado em 11 de março de 2016 às 11h24.

Londres - Um dia depois de o Grupo Casino anunciar prejuízo global e vincular o resultado ao mau desempenho dos negócios no Brasil, outro gigante francês, o Carrefour , afirmou que a operação brasileira ajudou a matriz a ficar no azul em 2015. Segundo a companhia, as vendas cresceram 13,5% no Brasil, graças especialmente ao bom desempenho das lojas do Atacadão.

A despeito da crise no Brasil e na Argentina, os dois mercados latino-americanos onde a varejista francesa atua, o resultado da região subiu 23,5% em 2015, para 705 milhões de euros. O valor leva em conta o câmbio constante, desprezando a desvalorização cambial que ocorreu ao longo do ano passado.

Em todo o mundo, a varejista teve lucro líquido de 980 milhões de euros em 2015, 22% menor que o ganho de 1,25 bilhão de euros do ano anterior. A queda no lucro veio com a contabilização de despesas líquidas de 257 milhões de euros, geradas pela reestruturação do negócio em vários países.

O lucro operacional, no entanto, teve expansão de 2,4% no ano passado, a 2,45 bilhões de euros, impulsionado pela expansão dos negócios na Europa e também em países emergentes.

O presidente do Carrefour, Georges Plassat, assumiu o comando do varejista em 2012 para liderar um plano de recuperação, após anos de vendas em queda e de erros estratégicos cometidos por seus antecessores. Em seu primeiro ano, Plassat reduziu a presença global do Carrefour, encerrando as operações em vários países.

Na França, Plassat concentrou esforços na reformulação da imagem do Carrefour, ao reduzir promoções e manter preços baixos ao longo do ano. Ao mesmo tempo, o grupo investiu na reforma de lojas na Europa. Em 2016, o Carrefour pretende fazer investimentos de 2,5 bilhões de euros a 2,6 bilhões de euros.

Oportunidade

Apesar de admitir as dificuldades da economia brasileira, Plassat se disse otimista em relação ao País. "Claro que há problemas políticos e desafios econômicos no Brasil, mas focamos no nosso negócio", disse o presidente mundial do Carrefour. Ele frisou que a empresa corrigiu problemas da filial brasileira, que sofria com falta de investimento e problemas de administração.

Entre as mudanças ocorridas na operação brasileira do Carrefour houve a entrada do empresário Abilio Diniz - ex-controlador do Grupo Pão de Açúcar - na sociedade da gigante francesa. Ele ganhou "voz" dentro da companhia ao comprar ações tanto da filial brasileira quanto da operação global.

Para a direção do Carrefour, o bom desempenho no Brasil tem origem em dois segmentos: venda de alimentos e a oferta de serviços financeiros. "Em alimentos, foi muito bom ter comprado o Atacadão e isso nos ajuda agora. O Atacadão continua abrindo lojas e é o coração do crescimento no Brasil", disse Plassat.

Aos acionistas e analistas, o presidente mundial da empresa explicou que a bandeira de atacarejo, que oferece produtos a preços mais baixos do que os dos supermercados, tem "liberdade de ação e um modelo de negócio diferente". "Eles têm grande habilidade de gerar lucro com a comercialização de commodities."

Para os serviços financeiros no Brasil, o tom do executivo-chefe foi ainda mais elogioso. "Os serviços financeiros geraram uma contribuição substancial. Estou muito feliz com a lucratividade desse negócio", disse Georges Plassat.

O presidente do Carrefour ressaltou que o braço financeiro "é parte do negócio" no País e deve ser encarado como uma ferramenta para desenvolver o varejo, que é a atividade da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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Londres - Um dia depois de o Grupo Casino anunciar prejuízo global e vincular o resultado ao mau desempenho dos negócios no Brasil, outro gigante francês, o Carrefour , afirmou que a operação brasileira ajudou a matriz a ficar no azul em 2015. Segundo a companhia, as vendas cresceram 13,5% no Brasil, graças especialmente ao bom desempenho das lojas do Atacadão.

A despeito da crise no Brasil e na Argentina, os dois mercados latino-americanos onde a varejista francesa atua, o resultado da região subiu 23,5% em 2015, para 705 milhões de euros. O valor leva em conta o câmbio constante, desprezando a desvalorização cambial que ocorreu ao longo do ano passado.

Em todo o mundo, a varejista teve lucro líquido de 980 milhões de euros em 2015, 22% menor que o ganho de 1,25 bilhão de euros do ano anterior. A queda no lucro veio com a contabilização de despesas líquidas de 257 milhões de euros, geradas pela reestruturação do negócio em vários países.

O lucro operacional, no entanto, teve expansão de 2,4% no ano passado, a 2,45 bilhões de euros, impulsionado pela expansão dos negócios na Europa e também em países emergentes.

O presidente do Carrefour, Georges Plassat, assumiu o comando do varejista em 2012 para liderar um plano de recuperação, após anos de vendas em queda e de erros estratégicos cometidos por seus antecessores. Em seu primeiro ano, Plassat reduziu a presença global do Carrefour, encerrando as operações em vários países.

Na França, Plassat concentrou esforços na reformulação da imagem do Carrefour, ao reduzir promoções e manter preços baixos ao longo do ano. Ao mesmo tempo, o grupo investiu na reforma de lojas na Europa. Em 2016, o Carrefour pretende fazer investimentos de 2,5 bilhões de euros a 2,6 bilhões de euros.

Oportunidade

Apesar de admitir as dificuldades da economia brasileira, Plassat se disse otimista em relação ao País. "Claro que há problemas políticos e desafios econômicos no Brasil, mas focamos no nosso negócio", disse o presidente mundial do Carrefour. Ele frisou que a empresa corrigiu problemas da filial brasileira, que sofria com falta de investimento e problemas de administração.

Entre as mudanças ocorridas na operação brasileira do Carrefour houve a entrada do empresário Abilio Diniz - ex-controlador do Grupo Pão de Açúcar - na sociedade da gigante francesa. Ele ganhou "voz" dentro da companhia ao comprar ações tanto da filial brasileira quanto da operação global.

Para a direção do Carrefour, o bom desempenho no Brasil tem origem em dois segmentos: venda de alimentos e a oferta de serviços financeiros. "Em alimentos, foi muito bom ter comprado o Atacadão e isso nos ajuda agora. O Atacadão continua abrindo lojas e é o coração do crescimento no Brasil", disse Plassat.

Aos acionistas e analistas, o presidente mundial da empresa explicou que a bandeira de atacarejo, que oferece produtos a preços mais baixos do que os dos supermercados, tem "liberdade de ação e um modelo de negócio diferente". "Eles têm grande habilidade de gerar lucro com a comercialização de commodities."

Para os serviços financeiros no Brasil, o tom do executivo-chefe foi ainda mais elogioso. "Os serviços financeiros geraram uma contribuição substancial. Estou muito feliz com a lucratividade desse negócio", disse Georges Plassat.

O presidente do Carrefour ressaltou que o braço financeiro "é parte do negócio" no País e deve ser encarado como uma ferramenta para desenvolver o varejo, que é a atividade da empresa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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