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Branded content: o tamanho desse negócio

De acordo com o site Business Insider, no mercado americano o faturamento com branded content saltará de U$ 8 bilhões em 2015 para U$ 21 bilhões em 2018

Vlogueira Gabbie Fadel no Snapchat do HuffPost Brasil: influenciadora foi uma das convidadas para o projeto "100% Carioca" feito pelo estúdio Abril Branded Content para PayPal (Reprodução/Snapchat)

Vlogueira Gabbie Fadel no Snapchat do HuffPost Brasil: influenciadora foi uma das convidadas para o projeto "100% Carioca" feito pelo estúdio Abril Branded Content para PayPal (Reprodução/Snapchat)

DR

Da Redação

Publicado em 5 de julho de 2016 às 19h48.

Nunca foi tão difícil capturar a atenção das pessoas. Diante da oferta quase infinita de informação, passamos a editar o que consumimos. A batalha das marcas não é mais apenas pela audiência, mas pela atenção exclusiva do usuário.

Os publishers e as grandes marcas sabem que só conteúdos que entregam um valor real são percebidos. Não importa se é editorial ou se é patrocinado por uma marca: precisa ser útil, informativo, educativo e/ou divertido. Este é o princípio do branded content, o conteúdo feito para (e pelas) marcas com foco em seus clientes e consumidores.

Diferente da publicidade tradicional, este tipo de conteúdo propicia às marcas uma interação mais orgânica e menos interruptiva com o público. E por isso, estabelece uma relação de confiança e transparência.

"O branded content é menos centrado no que a marca quer prometer, vender e dizer sobre si mesma e mais orientado às pessoas. Com o máximo de relevância e propósito", explica Patrícia Weiss, chairman do Branded Content Marketing Association (BCMA), consultora e produtora executiva da asas.br.com.

Não à toa, este mercado está em franco crescimento no mundo todo.

De acordo com a divisão de inteligência do site Business Insider, no mercado americano o faturamento com branded content saltará de U$ 8 bilhões em 2015 para U$ 21 bilhões em 2018.

Outro estudo, mais recente, realizado com 140 executivos de editoras de revistas em 39 países, mostra a expectativa de que 33% da receita de publicidade dos publishers virá de branded content nos próximos dois anos.

A pesquisa Native Advertising Trends 2016 - uma parceria do Native Advertising Institute e da FIPP Network for Global Media - mostra também que 52% dos publishers já oferecem branded content e outros 37% acham provável incluí-lo em seus planejamentos de marketing.

Mercado brasileiro

No Brasil, a Editora Abril, líder do mercado de revistas, estima que 30% de suas propostas comerciais envolvam branded content por meio de seu estúdio, o Abril Branded Content.

“Por aqui, o foco ainda é sempre em impacto, volume e multidão, e menos na experiência de como provocar e expandir a conversa e o relacionamento com a audiência a partir de um conteúdo relevante”, ressalta Patrícia Weiss.

Seguindo a tendência do mercado americano, os principais publishers brasileiros - Estadão, Folha, Globo e Abril - criaram áreas especializadas em produção de conteúdo para marcas.

“Marcas que se associam a um publisher para fazer branded content ganham credibilidade, alcance, contexto e a expertise de contar boas histórias”, explica o jornalista Edward Pimenta, diretor do Abril Branded Content. “Em um ano, produzimos mais de 1200 conteúdos para 140 marcas. E a tendência é só crescer”, finaliza Pimenta.

Antônio Kibe Loco Tabet participou da Sandero R.S. Race

Antônio 'Kibe Loco' Tabet participou da Sandero R.S. Race, websérie transmídia produzida pelo estúdio Abril Branded Content para Renault em parceria com Big Bonsai e Neogama BBH (Reprodução/YouTube)

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