Negócios

Bradesco lança plano de demissão voluntária

Segundo comunicado, o banco não informou quais requisitos os funcionários devem preencher para aderir ao programa

Bradesco: banco não informou quais requisitos os funcionários devem preencher para aderir ao programa (Adriano Machado/Bloomberg)

Bradesco: banco não informou quais requisitos os funcionários devem preencher para aderir ao programa (Adriano Machado/Bloomberg)

R

Reuters

Publicado em 13 de julho de 2017 às 08h10.

Última atualização em 13 de julho de 2017 às 20h22.

São Paulo - O Bradesco, segundo maior banco privado do país, lançou nesta quinta-feira um plano de demissão voluntária para funcionários da instituição que terá validade entre a próxima segunda-feira e 31 de agosto, afirmou a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT).

O banco, que está incorporando as operações do HSBC, divulgou a intenção de realizar o PDV mais cedo, mas não informou detalhes como meta de adesão ou validade do programa.

"Eles (Bradesco) nos afirmaram que não têm um número de meta para o programa, que queriam reduzir o pessoal que já está aposentado ou perto de se aposentar... Os elegíveis são pessoas que podem estar interessadas", disse o presidente da Contraf, Roberto Vonderosten.

Ele acrescentou que não tem lembrança da última vez em que o Bradesco recorreu a um plano de desligamento voluntário.

Segundo a Contraf, o Bradesco tinha até o final de março 106.644 funcionários, "com aumento de 15.249 postos de trabalho em relação a março de 2016... esse suposto aumento do número de empregos se deu devido à incorporação do HSBC".

O rival mais próximo, Itaú Unibanco, maior banco privado do país, tinha ao final do primeiro trimestre 94.955 funcionários.

O programa de demissão do Bradesco ocorre em meio a um enxugamento de posições no sistema financeiro.

No final do ano passado o Banco do Brasil reduziu sua força de trabalho em 9 mil funcionários e a Caixa reduziu seus quadros em cerca de 4 mil posições no início do ano, disse Vonderosten.

No começo de julho, o Banco do Nordeste anunciou um plano de demissão voluntária que pode envolver até 2.000 funcionários.

O PDV do Bradesco propõe pagamento de verbas rescisórias e "valor equivalente a 0,6 da remuneração fixa por ano de trabalho no banco (limitado a 12 salários); vale alimentação de seis meses, em parcela única; manutenção do plano de saúde e odontológica por 18 meses", segundo a Contraf.

O programa de demissão voluntária é voltado para funcionários que estejam aposentados junto ao INSS, por idade ou tempo de contribuição integral ou proporcional até 31 de agosto, ou estejam aptos a requerer o benefício e trabalhem em uma das empresas da holding há no mínimo 10 anos, informou a entidade.

As ações do Bradesco preferenciais encerraram a sessão com alta de 0,9 por cento, enquanto o Ibovespa subiu 0,53 por cento.

Acompanhe tudo sobre:BancosBradescoCVMDemissões

Mais de Negócios

"Tinder do aço": conheça a startup que deve faturar R$ 7 milhões com digitalização do setor

Sears: o que aconteceu com a gigante rede de lojas americana famosa no Brasil nos anos 1980

A voz está prestes a virar o novo ‘reconhecimento facial’. Conheça a startup brasileira por trás

Após perder 52 quilos, ele criou uma empresa de alimento saudável que hoje fatura R$ 500 milhões