Bradesco, Itaú e Santander têm mais de R$ 17 bi da dívida da Odebrecht
Total das dívidas do grupo, envolvendo concursais e passíveis de reestruturação, vale R$ 98,5 bilhões
Estadão Conteúdo
Publicado em 27 de agosto de 2019 às 14h29.
Última atualização em 27 de agosto de 2019 às 14h30.
São Paulo — O Bradesco e Itaú Unibanco aparecem como os mais expostos entre os bancos privados brasileiros na nova lista de credores da Odebrecht , apresentada na segunda-feira, 26, à noite, junto com o plano de recuperação judicial, à Justiça de São Paulo.
De acordo com o documento, o Bradesco tem R$ 8,383 bilhões em créditos quirografários, classe III, contra o grupo, dos quais R$ 27,6 mil correspondem a dívidas do Bradesco Cartões.
O Itaú Unibanco consta na lista de credores com créditos de R$ 7,71 bilhões na classe III, de credores quirografários.
O Santander tem R$ 1,083 bilhão quirografários na classe III, com exceção de R$ 15 milhões na classe II, com garantia real, e R$ 77,69 milhões classificados como trabalhistas, classe I.
Outros credores bancários que constam na lista são o Banco ABC Brasil, com dívidas de R$ 103,457 mil, e o Banco Votorantim, com R$ 109,69 milhões.
O grupoapresentou nesta segunda (26) a credores seu plano de recuperação judicial , propondo que eles troquem seus recebíveis por títulos de pagamento com base nos resultados futuros da companhia.
Em comunicado, o presidente-executivo da companhia, Luciano Guidolin, afirmou que uma redução da dívida decorrente do acordo garantirá “a atividade produtiva, a preservação de empregos e a geração de valor para todos os stakeholders”.
Em junho, cerca de três anos após ter sido atingida pelos efeitos de uma profunda recessão no Brasil e das investigações da operação Lava Jato , a Odebrecht formalizou seu pedido de recuperação judicial, num dos maiores processos do tipo na história no país.