Antonio Ermirio de Moraes: "com sua passagem, perdemos um líder único, homem para quem cada obstáculo do caminho se transformava em força para seguir lutando", diz nota do Bradesco (Marisa Cauduro/Valor)
Da Redação
Publicado em 25 de agosto de 2014 às 11h00.
São Paulo - A Organização Bradesco lamenta, em nota, o falecimento do empresário Antônio Ermírio de Moraes, presidente de honra do Grupo Votorantim. Ele morreu em casa, por insuficiência cardíaca, na noite deste domingo, 24.
"O país perdeu um pioneiro na criação da economia brasileira moderna. Foi-se um homem de crença e coragem na defesa dos valores do investimento, do emprego e da produção. Entusiasmado e empolgante, ele conduziu o Grupo Votorantim ao mais alto patamar da iniciativa privada nacional", disse, em nota, o presidente do Conselho de Administração do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão.
Segundo ele, Antônio Ermírio de Moraes será sempre visto como referência maior para todos os que acreditam na iniciativa privada. Ele destacou ainda a confiança que o executivo tinha no Brasil e na população brasileira.
"Com sua passagem, perdemos um líder único, homem para quem cada obstáculo do caminho se transformava em força para seguir lutando. Um vencedor cujo paradigma servirá para esta e muitas outras gerações de brasileiros", acrescentou.
Para o presidente do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, a "coragem empreendedora" de Antônio Ermírio de Moraes fez do Votorantim um "gigante da indústria nacional e global".
"Modelo de chefe de família e capitão de indústria, Dr. Antônio, como muitos o chamavam com carinho e respeito, deixa um exemplo único de visão empresarial, comando seguro e amor em tudo o que construiu. Sem a presença dele, perde-se um grande líder que deixa, para as atuais e futuras gerações, uma herança indelével sobre a importância de se acreditar em si mesmo, nas pessoas e no Brasil", afirmou, em nota.
Antônio Ermírio de Moraes, de 86 anos, era engenheiro metalúrgico formado pela Colorado School of Mines (EUA) e iniciou sua carreira no Grupo em 1949.
Foi o responsável pela instalação da Companhia Brasileira de Alumínio, inaugurada em 1955. Deixa a esposa, Maria Regina Costa de Moraes, e nove filhos. O corpo do empresário está sendo velado nesta segunda-feira, 25, no Salão Nobre do Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, e o cortejo sairá às 16 horas rumo ao Cemitério do Morumbi, onde o corpo será enterrado.