Nova bandeira: Elo foi criada para atender consumidores da classe C, D e E (.)
Tatiana Vaz
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - A meta estabelecida para a Elo é a de conquistar 120 milhões de brasileiros em cinco anos - o que renderia à bandeira de cartões uma fatia de 15% do mercado. Estima-se que, ao final deste período, haverá 800 milhões de cartões no Brasil. A Elo foi lançado pelo Bradesco e Banco do Brasil e conta, agora, com a participação da Caixa Econômica Federal.
Fôlego financeiro e uma boa carteira de clientes poderão ajudar à nova bandeira a atingir o objetivo. O quanto será investido por cada banco no negócio ainda está sendo definido, mas a sinergia gerada pela parceria das três instituições é estimada em mais de um bilhão de reais.
Juntos, os três bancos possuem uma carteira de mais de 100 milhões de clientes - boa parte desse número, pessoas da classe C e D. De acordo com dados dos executivos, apenas o Bradesco abre cerca de 6.000 contas por dia para pessoas desse público. A Caixa realiza mais que o dobro: 15.000 contas por dia.
Inclusão bancária
"A parceria ajudará a tornar os serviços bancários e de crédito mais acessível aos 40 milhões de brasileiros da classe D e E que estimamos não terem conta em banco ainda - público que queremos atingir", afirma Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil.
Os bancos acreditam que a classe C brasileira vai usar inicialmente a nova bandeira como cartão de compra, e depois como cartão de crédito. A presença maciça no território brasileiro, acreditam as empresas, facilitará a chegada da Elo nas classes mais baixas.
A Caixa terá participação de 33% na bandeira de cartões Elo, cuja emissão terá início em outubro deste ano. A bandeira, criada em abril deste ano, é controlada por uma holding que tem o Bradesco (com 51% do capital) e o BB (com 49%) como sócios. A Caixa ainda vai definir o porcentual que terá na holding. Além da Elo, a holding é composta por outras empresas, como a Elo Vale, de cartões de benefícios.
A Caixa chegou a conversar com outras bandeiras, mas optou por fechar com a Elo, segundo Maria Fernanda. Comenta-se no mercado que a Hipercard, do Itaú, e a bandeira argentina Cabal, foram sondadas.