Por André Magnabosco

São Paulo - A presidente executiva da Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), Elizabeth de Carvalhaes, afirmou hoje que está confiante em relação à possibilidade de o governo federal incluir a compra de cadernos no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD). O pleito, feito no ano passado, resultaria em aumento da ordem de 20 a 23 mil toneladas na demanda por papéis de imprimir e escrever, o equivalente a 1,5% do total das vendas domésticas feitas em 2009 pelos fabricantes instalados no País.

A inclusão de cadernos na lista de materiais escolares comprados pelo governo federal está sendo negociada com representantes dos ministérios da Fazenda e da Educação, revelou Elizabeth. "A tendência é de que o pleito seja aceito, o que representaria uma adição de aproximadamente 50 milhões de cadernos distribuídos às crianças", afirmou a executiva, após apresentação dos números de 2009 do setor.

A decisão sobre a inclusão ou não de cadernos no programa federal deverá ser tomada nas próximas semanas, sinalizou Elizabeth. "Precisamos que o governo faça a licitação em fevereiro para que o setor possa manufaturar os cadernos até o início do segundo semestre, quando ocorrem as compras", explica. A adição dos cadernos na lista de compras federais beneficiaria principalmente as companhias Suzano Papel e Celulose, Fibria e International Paper (IP), principais fabricantes de papéis de imprimir e escrever do País.