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Bosch faz parceria com BB para financiar fornecedores

Objetivo é permitir que empresas possam financiar atividades e investimentos com custos menores de crédito


	Instalações da Bosch em Campinas: para manter os fornecedores, Bosch criou parceria com BB
 (Alexandre Battibulgi/EXAME.com)

Instalações da Bosch em Campinas: para manter os fornecedores, Bosch criou parceria com BB (Alexandre Battibulgi/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 30 de setembro de 2013 às 17h01.

São Paulo - A Robert Bosch América Latina, uma das maiores fabricantes de peças para montadoras, selou uma parceria com o Banco do Brasil para permitir que seus fornecedores tenham acesso a crédito mais barato para atividades e investimentos. O alvo são os cerca de 300 fornecedores da empresa.

Um dos objetivos da Bosch é permitir que a cadeia de fornecedores se desenvolva e inove para atender às exigências do Inovar Auto, o novo regime automotivo lançado pelo governo federal para modernizar a indústria automotiva nacional.

Os fornecedores da Bosch podem, agora, antecipar recebíveis que eles têm com a empresa alemã, com custos menores. Não há, por exemplo, IOF, e o spread bancário é menor,

"O que move o fornecedor a se renovar é a competitividade e a rentabilidade; ele só aposta se tiver essas condições, e esse é o grande problema do Brasil hoje", afirma Besaliel Botelho, presidente da Bosch América Latina.

Botelho participou, nesta segunda-feira, do EXAME Fórum "Como aumentar nossa produtividade", que está sendo promovido em São Paulo.

Segundo o executivo, a parceria com o Banco do Brasil é uma das medidas da Bosch para incentivar a qualificação de sua cadeia produtiva. Segundo dados do Instituto de Qualidade Automotiva (IQA) citados por Botelho, o setor gastou, no ano passado, 5,6 bilhões de reais com "não-qualificação". Isto é, todo esse dinheiro foi empregado pelas empresas do setor para compensar aspectos pouco competitivos da cadeia produtiva, como mão de obra pouco qualificada, modernização de maquinário, etc.

Neste ano, o IQA estima que essa cifra alcance 6 bilhões de reais. Segundo Bosch, esse dinheiro é importante para manter parte da cadeia de fornecedores operando. "Cerca de 15% a 20% dos fornecedores está numa situação de sobrevivência, infelizmente", diz.

"Há um custo altíssimo para desenvolver esses fornecedores", completa.

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