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Boeing retoma produção dos aviões 737 Max

Produção do modelo foi suspensa em janeiro após dois acidentes aéreos que mataram 346 pessoas

Boeing: fabricante americana irá retomar aos poucos a produção do 737 Max (David Ryder/Reuters)
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Carolina Ingizza

Publicado em 27 de maio de 2020 às 19h52.

A fabricante de aviões Boeing anunciou nesta quarta-feira, 27, que vai retomar a produção dos aviões 737 Max , envolvidos em dois acidentes fatais nos últimos anos, após pausa de quatro meses na produção. A empresa está negociando com reguladores de diversos países para tentar suspender as proibições de voo envolvendo o modelo.

A fabricação do 737 foi totalmente paralisada em janeiro. Na época, a empresa alegou que não tinha certeza sobre quando os governos iriam voltar a permitir voos com o modelo, envolvido em dois acidentes aéreos que mataram 346 pessoas.

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A retomada da produção será gradual. Em nota, a empresa disse que está focando os esforços dos funcionários na melhora da qualidade do avião e na simplificação do processo de construção da aeronave.

Segundo a agência Bloomberg, a Boeing lançou mais de uma dúzia de iniciativas destinadas a melhorar a segurança e a qualidade das linhas produção do 737. Agora, três linhas de produção testam os novos processos de montagem criados pela empresa durante o período de paralisação da fabricação.

A expectativa da fabricante é que o avião possa voltar a voar no terceiro trimestre de 2020. A companhia aérea low cost Ryanair, uma das principais clientes do modelo, informou no começo da semana que pretende voltar a operar com o avião da Boeing em setembro ou outubro deste ano. Ao todo, a Boeing tem mais de 3.800 aviões 737 Max em estoque.

Além da crise causada pelo modelo, a Boeing está lidando também com os efeitos econômicos do coronavírus. Esta quarta-feira, a empresa informou que demitiria 6.770 funcionários nos Estados Unidos e que precisará fazer ainda outras milhares de demissões nos próximos meses.

Em abril, a companhia anunciou que cortaria 10% de sua força de trabalho de 160.000 pessoas no mundo. A empresa também aprovou demissões voluntárias de mais de 5.000 funcionários nos Estados Unidos.

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