Boeing 737 Max: entregas estão congeladas desde meados de março após a queda da segunda aeronave do modelo (Lindsey Wasson/File Photo/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de julho de 2019 às 16h38.
Chicago - A Boeing teve cancelada neste domingo uma intenção de compra de até 50 aviões em um dos primeiros sinais concretos da crise em torno do 737 Max que pode representar uma virada nos negócios para rival europeia Airbus.
A Flyadeal, companhia aérea da Arábia Saudita, anunciou que irá comprar 50 aviões A320neo da Airbus, concorrente direto do 737 MAX, que teve suas operações suspensas após a ocorrência de dois acidentes fatais em menos de cinco meses. O acordo firmado com a subsidiária de baixo custo da Saudia Airlines tem um valor estimado em mais de US$ 5,5 bilhões, com base no preço lista da Airbus, que não inclui os tradicionais descontos da indústria.
Em dezembro, a companhia aérea tinha firmado um compromisso com a Boeing para compra dos 737 Max. O acordo aconteceu semanas após o acidente fatal com o voo da Lion Air, da Indonésia, que resultou na morte de 189 pessoas. O compromisso firmado pelos sauditas para a compra dos 737 Max - que não chegou a ser formalizado - tinha um valor estimado em US$ 5,9 bilhões (também sem considerar os descontos), conforme anunciado pela Boeing na ocasião.
As entregas do 737 Max estão congeladas desde meados de março após a queda da segunda aeronave do modelo, em um voo da Ethiopian Airlines. As semelhanças entre os dois acidentes despertaram preocupações sobre segurança e a Boeing espera submeter um novo sistema de controle de voo da aeronave para aprovação dos órgãos reguladores em setembro, conseguir trazer sua frota do modelo de volta aos ares. Fonte: Dow Jones Newswires.