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BNP Paribas vê acúmulo de pressão de impostos e adequação

Questões pintam um cenário muito mais pessimista que as premissas por trás do plano estratégico de 2014-2016 do banco


	BNP Paribas: lucro do banco foi quase completamente anulado no ano passado por uma multa de cerca de 9 bilhões de dólares para encerrar um caso sobre violação de sanções nos Estados Unidos
 (Fabrice Dimier/Bloomberg)

BNP Paribas: lucro do banco foi quase completamente anulado no ano passado por uma multa de cerca de 9 bilhões de dólares para encerrar um caso sobre violação de sanções nos Estados Unidos (Fabrice Dimier/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 5 de fevereiro de 2015 às 09h25.

Paris - O BNP Paribas, maior banco da França, disse nesta quinta-feira que impostos em alta e novas regulações vão impactar o lucro no ano que vem em 500 milhões de euros, e anunciou cortes maiores de custos para cobrir despesas crescentes.

O fardo crescente se somará às pressões de taxas de juros ultrabaixas que comprimem suas margens e uma recuperação econômica mais fraca que a esperada na zona do euro, disse o BNP.

Isso pinta um cenário muito mais pessimista que as premissas por trás do plano estratégico de 2014-2016 do banco, que tem como meta um retorno sobre o patrimônio de ao menos 10 por cento no ano que vem.

"O grupo enfrenta um contexto econômico e de taxas de juros pior em comparação ao cenário base", disse o BNP em comunicado. "O grupo também enfrenta uma forte alta em impostos sobre bancos na Europa."

O lucro do banco foi quase completamente anulado no ano passado por uma multa de cerca de 9 bilhões de dólares para encerrar um caso sobre violação de sanções nos Estados Unidos, com o BNP registrando lucro líquido de 157 milhões de euros (178 milhões de dólares) em 2014.

Para o quarto trimestre, o banco teve lucro líquido de 1,3 bilhão de euros, uma forte alta ante os 110 milhões registrado um ano antes, que já havia sido afetado por uma provisão para o caso nos EUA.

Após endurecer os controles depois do caso nos EUA, os custos de adequação e regulação vão alcançar 250 milhões de dólares a mais que o esperado em 2016 sob o plano estratégico do banco. O montante será em grande parte absorvido pelos 230 milhões de euros em cortes de custo adicionais.

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