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BMW é contra cotas de mulheres executivas nas empresas

Projeto de lei na Alemanha quer que grandes companhias do país tenham 30% dos cargos de diretorias destinados às mulheres

Mulher executiva: na Alemanha 30% dos cargos de diretoria das grandes empresas serão ocupados por mulheres (Getty Images)

Daniela Barbosa

Publicado em 27 de novembro de 2014 às 11h41.

São Paulo - A BMW se posicionou contra cotas de mulheres executivas nas empresas alemãs. Um projeto de lei do país vai exigir que grandes companhias destinem 30% dos cargos de diretoria para mulheres.

"A BMW como empresa não acredita em cotas", afirmou Jochen Frey, um porta-voz da montadora, à agência Bloomberg, na última quarta-feira.

Segundo ele, a companhia sempre defendeu a diversidade na sua força de trabalho, em termos de gênero, etnia e idade.

Dados do mercado alemão apontam que no país apenas 6% dos assentos em conselhos de administração das empresas são ocupados por mulheres. Já os cargos de diretorias têm 22% de pessoas do sexo feminino.

São Paulo - Quando se pensa em participação feminina na força de trabalho, os primeiros países que vêm à mente são aqueles ricos e conhecidos pela maior igualdade de gênero (como os nórdicos). Mas os dados surpreendem: na verdade, os quatro únicos países com uma proporção maior de mulheres do que de homens trabalhando ou procurando emprego são todos africanos, segundo um relatório recente do Fórum Econômico Mundial. Isso não significa que estes são os países onde as mulheres vivem melhor ou experimentam mais igualdade, e sim que não há uma relação direta entre renda per capita e participação feminina na força de trabalho.  A curva lembra um “U”: em países pobres, as mulheres precisam trabalhar por pura necessidade. Quando a renda (e a oferta de serviços públicos) melhora um pouco, elas podem sair do mercado de trabalho para se dedicar mais ao trabalho doméstico e aos filhos. Na medida que os níveis de renda avançam, a participação feminina volta a crescer – resultado de educação, baixa fertilidade, e acesso a serviços. Políticas governamentais e fatores culturais também contam muito, é claro.  Com 20 pontos percentuais de diferença entre a participação de homens e mulheres, o Brasil está no meio do caminho - pior do que Estados Unidos e Peru mas na frente de Chile, Itália e Japão. Veja o top 15:
  • 2. 1. Malawi

    2 /15(Getty Images)

  • Veja também

    Relação part. fem/masc1,05
    Participação das mulheres85%
    Participação dos homens81%
  • 3. 2. Moçambique

    3 /15(Getty Images)

  • Relação part. fem/masc1,04
    Participação das mulheres86%
    Participação dos homens83%
  • 4. 3. Ruanda

    4 /15(Getty Images)

    Relação part. fem/masc1,02
    Participação das mulheres88%
    Participação dos homens86%
  • 5. 4. Burundi

    5 /15(PWRDF/Flickr)

    Relação part. fem/masc1,02
    Participação das mulheres84%
    Participação dos homens83%
  • 6. 5. Laos

    6 /15(Brent Lewin/Bloomberg)

    Relação part. fem/masc0,99
    Participação das mulheres80%
    Participação dos homens81%
  • 7. 6. Tanzânia

    7 /15(Getty Images)

    Relação part. fem/masc0,99
    Participação das mulheres90%
    Participação dos homens91%
  • 8. 7. Madagascar

    8 /15(Mike Cohen/ Bloomberg News)

    Relação part. fem/masc0,97
    Participação das mulheres88%
    Participação dos homens91%
  • 9. 8. Uganda

    9 /15(Getty Images)

    Relação part. fem/masc0,96
    Participação das mulheres77%
    Participação dos homens80%
  • 10. 9. Gana

    10 /15(SXC.Hu)

    Relação part. fem/masc0,96
    Participação das mulheres69%
    Participação dos homens72%
  • 11. 11. Finlândia

    11 /15(OLIVIER MORIN/AFP/Getty Images)

    Relação part. fem/masc0,95
    Participação das mulheres73%
    Participação dos homens77%
  • 12. 14. Noruega

    12 /15(JOE KLAMAR/AFP/Getty Images)

    Relação part. fem/masc0,94
    Participação das mulheres76%
    Participação dos homens81%
  • 13. 15. Zimbábue

    13 /15(Kate Holt/Bloomberg News)

    Relação part. fem/masc0,93
    Participação das mulheres85%
    Participação dos homens91%
  • 14. 81. Brasil

    14 /15(Valter Campanato/ABr)

    Relação part. fem/masc0,76
    Participação das mulheres65%
    Participação dos homens85%
  • 15 /15(Getty Images)

    Não basta empregar, é preciso qualificar. Conheça agora os 15 países que mais empregam na economia do conhecimento.

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