São Paulo - A BMW se posicionou contra cotas de mulheres executivas nas empresas alemãs. Um projeto de lei do país vai exigir que grandes companhias destinem 30% dos cargos de diretoria para mulheres.
"A BMW como empresa não acredita em cotas", afirmou Jochen Frey, um porta-voz da montadora, à agência Bloomberg, na última quarta-feira.
Segundo ele, a companhia sempre defendeu a diversidade na sua força de trabalho, em termos de gênero, etnia e idade.
Dados do mercado alemão apontam que no país apenas 6% dos assentos em conselhos de administração das empresas são ocupados por mulheres. Já os cargos de diretorias têm 22% de pessoas do sexo feminino.
São Paulo - Quando se pensa em participação feminina na força de trabalho, os primeiros países que vêm à mente são aqueles ricos e conhecidos pela maior igualdade de gênero (como os nórdicos). Mas os dados surpreendem: na verdade, os quatro únicos países com uma proporção maior de mulheres do que de homens trabalhando ou procurando
emprego são todos africanos, segundo um
relatório recente do Fórum Econômico Mundial. Isso não significa que estes são os países onde as mulheres vivem melhor ou experimentam mais igualdade, e sim que não há uma relação direta entre
renda per capita e participação feminina na força de trabalho. A curva lembra um “U”: em países pobres, as mulheres precisam trabalhar por pura necessidade. Quando a renda (e a oferta de serviços públicos) melhora um pouco, elas podem sair do mercado de trabalho para se dedicar mais ao trabalho doméstico e aos filhos. Na medida que os níveis de renda avançam, a participação feminina volta a crescer – resultado de educação, baixa fertilidade, e acesso a serviços. Políticas governamentais e fatores culturais também contam muito, é claro. Com 20 pontos percentuais de diferença entre a participação de homens e mulheres, o Brasil está no meio do caminho - pior do que Estados Unidos e Peru mas na frente de Chile,
Itália e Japão. Veja o top 15:
2. 1. Malawi 2 /15(Getty Images)
Relação part. fem/masc | 1,05 |
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Participação das mulheres | 85% |
Participação dos homens | 81% |
3. 2. Moçambique 3 /15(Getty Images)
Relação part. fem/masc | 1,04 |
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Participação das mulheres | 86% |
Participação dos homens | 83% |
4. 3. Ruanda 4 /15(Getty Images)
Relação part. fem/masc | 1,02 |
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Participação das mulheres | 88% |
Participação dos homens | 86% |
5. 4. Burundi 5 /15(PWRDF/Flickr)
Relação part. fem/masc | 1,02 |
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Participação das mulheres | 84% |
Participação dos homens | 83% |
6. 5. Laos 6 /15(Brent Lewin/Bloomberg)
Relação part. fem/masc | 0,99 |
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Participação das mulheres | 80% |
Participação dos homens | 81% |
7. 6. Tanzânia 7 /15(Getty Images)
Relação part. fem/masc | 0,99 |
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Participação das mulheres | 90% |
Participação dos homens | 91% |
8. 7. Madagascar 8 /15(Mike Cohen/ Bloomberg News)
Relação part. fem/masc | 0,97 |
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Participação das mulheres | 88% |
Participação dos homens | 91% |
9. 8. Uganda 9 /15(Getty Images)
Relação part. fem/masc | 0,96 |
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Participação das mulheres | 77% |
Participação dos homens | 80% |
10. 9. Gana 10 /15(SXC.Hu)
Relação part. fem/masc | 0,96 |
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Participação das mulheres | 69% |
Participação dos homens | 72% |
11. 11. Finlândia 11 /15(OLIVIER MORIN/AFP/Getty Images)
Relação part. fem/masc | 0,95 |
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Participação das mulheres | 73% |
Participação dos homens | 77% |
12. 14. Noruega 12 /15(JOE KLAMAR/AFP/Getty Images)
Relação part. fem/masc | 0,94 |
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Participação das mulheres | 76% |
Participação dos homens | 81% |
13. 15. Zimbábue 13 /15(Kate Holt/Bloomberg News)
Relação part. fem/masc | 0,93 |
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Participação das mulheres | 85% |
Participação dos homens | 91% |
14. 81. Brasil 14 /15(Valter Campanato/ABr)
Relação part. fem/masc | 0,76 |
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Participação das mulheres | 65% |
Participação dos homens | 85% |
15 /15(Getty Images)