BMW e Audi vão ampliar pontos de venda
Segundo executivos das montadoras, mercado de carros de luxo pode crescer mais
Da Redação
Publicado em 27 de outubro de 2010 às 12h07.
São Paulo - Novidades em carros populares não faltam, mas o segmento de carros de luxo também vai reforçar sua presença no mercado brasileiro. Prova disso é a decisão da BMW e da Audi de ampliar suas redes concessionárias para oferecer os novos modelos apresentados no Salão Internacional do Automóvel de São Paulo.
A BMW quer terminar o ano com 71 revendas contra as 39 atuais. Em 2010, a montadora vendeu cerca de 7.000 unidades, incluindo os modelos Mini Cooper. Esse modelo, aliás, teve um crescimento de 52% na América Latina. O valor dele: entre 107.000 reais e 144.000 reais para o Mini Cooper S, uma versão maior, com quatro portas, do modelo tradicional. A BMW já estima um crescimento de 13% para 2011. “Acredito que o modelo X1 deve ajudar a manter o posicionamento da marca”, afirma Jörg Henning Dornbusch, presidente da montadora no Brasil.
Destaque brasileiro
Já a Audi planeja ampliar a rede de concessionárias das atuais 22 para 29 no ano que vem e manter o ritmo de crescimento nos próximos dois anos. Com crescimento de 62%, o Brasil é hoje o país que apresenta a maior taxa para o grupo Audi. A decisão é reflexo das 398 unidades importadas em setembro, um recorde histórico para a montadora.
“Trata-se de um crescimento de 129% em relação ao mesmo período de 2009”, diz Paulo Sérgio Kakinoff, presidente da unidade brasileira. O maior crescimento da empresa também está no Brasil, com uma taxa de 62% entre janeiro e setembro deste ano.
Muito se fala sobre o surgimento da nova classe C, que será a maior responsável por movimentar o consumo em diversos setores da economia brasileira. Porém se a economia estável beneficia essa população, quem já era rico ficou ainda mais.
Segundo um estudo do banco Merril Lynch, o Brasil ocupa a 11ª posição no ranking dos países com milionários – aqueles com fortuna superior a 1 milhão de dólares. O número de brasileiros ricos aumentou de 131.000 em 2008 para 147.000 em 2009. E parte desse dinheiro é gasta, claro, em automóveis de luxo.